‘Scripts’ de atendimento e dívidas: veja como bandidos aplicam o golpe do falso empréstimo consignado

Uma idosa sofreu o golpe dentro da própria casa no RJ, outro infartou depois que percebeu a ação dos bandidos. A Polícia Civil realizou quase 400 prisões de pessoas que aplicam o golpe do falso empréstimo no estado do Rio de Janeiro.

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Nos últimos meses, um golpe do falso empréstimo consignado tem se proliferado no Brasil, levando muitas pessoas a serem vítimas de fraudes financeiras.

De acordo com o delegado André Prates, da 31ª Delegacia de Polícia (Ricardo de Albuquerque, na cidade do Rio de Janeiro), somente na distrital, 177 pessoas já foram presas até o final de maio. Um levantamento realizado pelo portal G1 contabilizou pelo menos 390 prisões relacionadas a esse tipo de golpe em todo o estado do Rio de Janeiro ao longo do ano de 2023. O que chama a atenção é que os criminosos agora têm um alcance nacional.




Segundo o delegado Prates, as fraudes não têm mais uma dimensão geográfica restrita, uma vez que os golpistas realizam suas atividades fraudulentas em todo o território nacional. Eles buscam principalmente vítimas de outros estados, visando evitar serem descobertos pelas autoridades. As investigações agora são feitas em parceria com delegacias de diferentes partes do Brasil, na tentativa de combater essa prática criminosa em larga escala.

O modus operandi dos golpistas envolve o uso de dados adquiridos na deep web, uma parte da internet não acessível pelos mecanismos de busca convencionais. Eles entram em contato com as vítimas por telefone, se passando por correspondentes bancários, e oferecem propostas vantajosas de liberação rápida de novos empréstimos ou renegociação de empréstimos antigos.




A estratégia é persuadir as vítimas a fornecerem seus dados pessoais, bancários e até mesmo fotografias, normalmente utilizando um formulário enviado por meio de um link do WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos abrem contas em nome das vítimas e realizam a contratação de um novo empréstimo sem a permissão delas.

Esses empréstimos fraudulentos, contratados sem o conhecimento das vítimas, podem ser parcelados diretamente na fonte de pagamento das mesmas por vários anos, resultando em prejuízos financeiros significativos. O perfil das vítimas preferenciais são idosos e pensionistas do INSS que possuem margem de crédito pré-aprovada ou algum empréstimo já contratado.




Um exemplo trágico desse golpe foi o caso de dona Maria, que foi abordada por uma mulher se passando por funcionária do INSS em sua própria residência. A golpista entregou papéis à idosa, tirou uma foto dela e de sua identidade, e com essas informações conseguiu contratar um empréstimo em nome de dona Maria, resultando em uma dívida de 80 parcelas no valor de R$ 1,3 mil cada, totalizando um empréstimo de R$ 104 mil. Dona Maria relata que a golpista ainda comemorou ter atingido a meta do mês após o golpe. Infelizmente, esse é apenas um dos muitos casos em que os criminosos se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas para obter ganhos ilícitos.

O delegado estima que os golpistas lucrem de R$ 200 mil a R$ 500 mil por mês com as fraudes. As investigações revelaram que eles seguem manuais de atendimento para conquistar a confiança das vítimas. Em algumas situações, fingem que vão reverter um golpe anterior, solicitando informações para “abrir uma investigação” e, assim, conseguirem acesso a mais dados pessoais.




Outra tática utilizada é o cancelamento de um empréstimo suspeito para obter informações da vítima e, em seguida, realizar um empréstimo em seu nome. Há também casos em que os golpistas fingem ser do governo, prometendo atualizar o CadÚnico ou oferecer um programa fictício chamado “Viver Melhor”.

Mesmo após o golpe ser exposto e denunciado à polícia, os criminosos não desistem facilmente. Eles tentam entrar em contato novamente com as vítimas, oferecendo renegociação da dívida ou outras propostas enganosas. Essa persistência causa um enorme transtorno emocional e financeiro para as pessoas lesadas.




Diante dessa situação alarmante, é essencial que todos estejam alertas e tomem precauções para evitar cair nesse tipo de golpe. As instituições financeiras e órgãos governamentais devem intensificar as medidas de segurança e informar seus clientes sobre os riscos envolvidos em fornecer dados pessoais a terceiros. Além disso, é fundamental que as vítimas denunciem os casos à polícia, possibilitando a investigação e o combate a essa prática criminosa.

Enquanto as autoridades buscam soluções efetivas para lidar com esse problema, a conscientização da população sobre as técnicas e armadilhas utilizadas pelos golpistas pode ser uma ferramenta importante na prevenção desses crimes.




Educação financeira e a divulgação de informações sobre segurança digital são medidas que podem contribuir para reduzir o número de vítimas desse golpe do falso empréstimo consignado, que vem causando transtornos e prejuízos para muitas pessoas em todo o país.

Veja dicas de segurança contra o golpe do falso empréstimo

* Desconfie de qualquer proposta vantajosa de empréstimo consignado, principalmente se for pré-aprovado e sem burocracia
* Ofertas muito atraentes devem ser questionadas
* Jamais transmitir dados pessoais, bancários ou fotos do rosto para desconhecidos
* Para contratar empréstimos, prefira agências físicas ou bancos que já é correntistas
* E se desconfiar que foi vítima de fraude, acione a polícia imediatamente




Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1




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