Terremoto em SP, ciclone no RS: prefeito implora para moradores deixarem suas casas; assista

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O Brasil registrou nas últimas 24 horas fenômenos pouco comuns no país. No Rio Grande do Sul, uma pessoa morreu e outras duas estão desaparecidas após a passagem de um ciclone. Já em São Paulo, um terremoto de magnitude 4,0 foi registrado.

Ciclone no Rio Grande do Sul




Uma pessoa morreu no município de São Leopoldo (RS), após a passagem de um ciclone que atingiu a Região Sul do país nesta quinta-feira (15). A informação foi confirmada pelo governador do estado, Eduardo Leite, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo ele, a morte aconteceu em razão de um choque elétrico. Pelo menos duas pessoas seguem desaparecidas e 625 já foram resgatadas. “O momento, especialmente, é de cuidado com as vidas humanas”, disse Leite.




“Se cuidem, cuidem das suas famílias. Isso tudo há de passar. E a gente quer que passe sem outras perdas de vidas humanas. Infelizmente, temos uma morte já confirmada, mas agora é o momento de a gente proteger as vidas. Dos danos materiais, das perdas materiais, a gente se encarrega depois.”

De acordo com o governador, mais de mil pessoas, incluindo homens da brigada militar, do corpo de bombeiros e da defesa civil, atuam para garantir a segurança da população em todo o estado. “Nossas equipes estão mobilizadas para dar a assistência e o apoio às comunidades mais afetadas pelas fortes chuvas que incidem especialmente sobre a região nordeste do RS”.




No município de Maquiné, o nível do Rio Maquiné subiu rapidamente e deixou pessoas ilhadas em alguns pontos. Em Caraá, o nível do Rio Jacuí também subiu, causando diversos transtornos. “Uma equipe está tentando acessar a cidade para apoio”, informou o governo estadual. As equipes da defesa civil atuam de forma articulada sobretudo com o Comando Ambiental dos bombeiros, que dispõe de embarcações.

Em caso de risco de inundações, as orientações da defesa civil são:




* evitar o deslocamento para regiões afetadas;
* se estiver seguro, permanecer em casa;
* se morar em área de risco, sair do local;
* separar documentos importantes e embalá-los em sacos plásticos;
* evitar atravessar as águas de carro ou a pé;
* se ficar isolado em local inseguro, acionar imediatamente o 193.

“Neste momento, o nível dos rios da região está baixando, mas, com a possibilidade de chuva, tende a subir novamente. Fiquem atentos às orientações das defesas civis municipais e estadual, que vai lançar avisos e alertas ao longo do dia. Não retornem para suas casas. Embora a situação, neste momento, esteja sob controle, ainda temos o risco de que os níveis dos rios voltem a subir”, alertou o coronel Luciano Chaves Boeira.




Capital gaúcha

Em nota, a prefeitura de Porto Alegre informou ter mobilizado equipes desde a madrugada desta sexta-feira (16) para atendimento aos danos causados pela chuva e pelo vento nas últimas horas. A maioria das ocorrências diz respeito a árvores tombadas, fios ou postes de energia caídos, acúmulo de água em diversas vias, quedas de muros e residências comprometidas.




A capital registra um acumulado de 82 milímetros (mm) de chuva nas últimas 24 horas, conforme dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. A média para junho é de 140 mm. As chuvas devem continuar ao longo do dia em toda a região metropolitana, com possibilidade de mais 100 mm de precipitação.

Nesta manhã de sexta-feira, estão sem energia as estações Belém Novo, Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza, causando desabastecimento nos bairros. O Departamento Municipal de Água e Esgotos está em contato constante com a companhia de energia elétrica, a CEEE Grupo Equatorial, para retomar o fornecimento de energia às estações o mais rápido possível.




Prefeito pede que moradores deixem suas casas

Em pronunciamento ao vivo feito nas redes sociais ontem, o prefeito de Maquiné, cidade localizada ao norte gaúcho, João Marcos Bassani dos Santos, alertou em tom de desespero para que moradores saíssem de suas casas devido a fortes chuvas causadas por um ciclone extratropical que atingem o Estado.




“Estou pedindo, implorando, saiam“, afirmando que não há equipes do Corpo de Bombeiros suficientes para atender a demanda. “Antes que seja tarde“.




O prefeito alertou para que as pessoas procurassem lugares mais altos e preservassem a vida ao invés dos bens materiais.

São Paulo registra terremoto de magnitude 4,0

Nesta sexta-feira (16), moradores das cidades do Vale do Ribeira e da Baixada Santista, no estado de São Paulo, sentiram um tremor de terra.

Segundo informações da Defesa Civil, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou um terremoto de magnitude 4,0, com epicentro na cidade de Iguape, às 8h22.

Inicialmente, com base em um alerta emitido pelo Google, a informação era de que se tratava de um tremor de magnitude 4,7, com epicentro em Miracatu. No entanto, a informação foi atualizada às 10h18 desta sexta-feira.

Até o momento, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil não receberam chamados relatando vítimas ou danos estruturais em decorrência do terremoto.

Moradores da região relataram suas experiências durante o tremor. Jacy Zambelli, farmacêutica e residente de Iguape, descreveu: “Eu senti no meu banheiro como se estivesse passando pela rua uma máquina muito grande, provocando um tremor que durou cerca de 5 segundos. Me segurei na pia. Porém, nunca imaginei ser um abalo sísmico.”

De acordo com a Defesa Civil, um tremor de 4 graus na escala Richter pode ser sentido em um raio de até 100 km a partir de seu epicentro. Geralmente, abalos de magnitude entre 3,5 e 5,4 não causam danos estruturais significativos.

Relatos indicam que o tremor foi sentido em várias cidades da região, incluindo Juquiá, Itariri, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe e Praia Grande.

Edson Rocha, empresário residente em Juquiá, no Vale do Ribeira, compartilhou sua experiência: “Eu estava meio dormindo, a cama começou a tremer, não estava entendendo nada. Foi esquisito, durou uns 4 segundos, mas foi bem nítido.”

As autoridades continuam monitorando a situação e avaliando possíveis impactos decorrentes do terremoto.

Fonte: Agência Brasil

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