Fontes radioativas desaparecem em mineradora no interior de Minas

As fontes desapareceram no dia 29 de junho e uma investigação foi aberta; equipes acreditam na probabilidade de de furto

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Autoridades estão investigando o desaparecimento de duas fontes de Césio-137, substância radioativa, em uma mineradora localizada em Nazareno, região Sul de Minas Gerais. Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Polícia Civil estão trabalhando para apurar o caso, suspeitando que os equipamentos possam ter sido furtados.

O sumiço das fontes ocorreu durante a noite do dia 29 de junho, e desde então, medidas estão sendo tomadas para localizá-las. A CNEN informou que equipes do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) estiveram no local no dia seguinte para avaliar as medidas de segurança adotadas pela mineradora. A polícia foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado. A própria mineradora também iniciou uma investigação interna para esclarecer o incidente.




De acordo com a CNEN, as fontes desaparecidas são de baixo risco e foram classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Apesar disso, as autoridades alertam que é necessário recuperá-las para evitar exposições desnecessárias, embora não sejam esperados efeitos severos à saúde em caso de contato.

As fontes desaparecidas possuem uma atividade individual de 5mCi e fazem parte de equipamentos medidores de densidade, classificados como categoria 5. Os técnicos ressaltam que as fontes são encapsuladas em aço inoxidável e têm uma camada externa de aço inox blindada, tornando-as resistentes a impactos.




A mineradora ainda não se pronunciou as investigações em andamento.

Sobre as fontes




É importante ressaltar que, apesar de serem fontes de Césio-137, os equipamentos desaparecidos na mineradora do Sul de Minas possuem atividade cerca de 300 mil vezes menor do que a fonte envolvida no acidente ocorrido em Goiânia, capital de Goiás, em 1987. Na ocasião, quatro pessoas morreram devido à exposição aguda à substância radioativa retirada de um aparelho radiológico abandonado do antigo Instituto Goiano de Radiologia. Esse incidente foi considerado o maior acidente radiológico do mundo.

A CNEN destaca que os riscos associados às fontes desaparecidas na mineradora do Sul de Minas são ainda menores, uma vez que elas são confeccionadas em material cerâmico. Mesmo se fossem violadas em seus invólucros de aço inoxidável, não representariam um perigo similar ao acidente de 1987, em que a substância se espalhou. A segurança é uma preocupação constante das autoridades envolvidas na investigação do caso, visando à proteção da população e do meio ambiente.




Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo




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