PMMG lança Operação Agosto Lilás para prevenir violência contra a mulher
Serão distribuídas duas cartilhas. Uma delas, visando o agressor. Único caso no Brasil que se preocupa também com o criminoso
Na manhã desta terça-feira (1º de agosto), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou a Operação Agosto Lilás na Praça do Papa, com o objetivo principal de reduzir os crimes de violência cometidos contra a mulher. A ação policial militar ocorre em alusão aos 17 anos da Lei Maria da Penha e terá duração até meados de setembro.
A tenente Gysele Couto da Silva, sub-comandante da 1ª Companhia de Prevenção Contra a Violência Doméstica da PM, liderou o lançamento e enfatizou que a operação abrangerá a distribuição de cartilhas e incluirá blitz, palestras em escolas, postos de saúde e demais espaços relevantes. O objetivo é chamar a atenção não apenas das vítimas, mas também de seus familiares, amigos e vizinhos, para identificarem os primeiros sinais de agressão. A operação visa combater cinco formas de violência contra a mulher: física, sexual, psicológica, moral e patrimonial.
A tenente Gysele ressaltou que, em muitos casos, o que começa como uma pequena tensão pode evoluir para violência física. Ela alertou que as vítimas devem estar atentas aos primeiros sinais e não subestimar discussões ou desentendimentos, pois podem ser indicadores de um comportamento agressivo persistente.
Outro aspecto importante abordado pela sub-comandante é a violência patrimonial, que muitas vezes passa despercebida. Quando a PM recebe uma denúncia e ao chegar ao local, a vítima informa que os documentos estão com o agressor, caracteriza-se uma forma de violência patrimonial, visto que os documentos pertencem à vítima e não ao agressor.
Um destaque da operação é a iniciativa pioneira da PMMG de ter duas cartilhas, uma destinada à vítima e outra ao agressor. Essa abordagem diferenciada busca trabalhar com ambos os lados envolvidos nos casos de violência doméstica, visando uma conscientização mais abrangente e um enfrentamento mais eficaz do problema.
É importante ressaltar que a abordagem inicial à situação de agressão pode envolver medidas protetivas e o uso de tornozeleira eletrônica antes de recorrer à prisão, dependendo das circunstâncias específicas de cada caso.
A sub-comandante também destacou a importância das denúncias, que podem ser feitas de várias maneiras, inclusive de forma anônima através do telefone 180 ou emergencialmente pelo telefone 190. Além disso, a população pode procurar os postos fixos da PM, que são as bases móveis, para reportar casos de violência contra a mulher.
Todos os policiais militares são treinados para lidar com esses casos e atuam sob o princípio da universalidade, buscando garantir o respeito aos direitos e a proteção das vítimas, além de trabalhar na conscientização dos agressores para prevenir novos casos de violência doméstica.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas