Anatel acata decisão da Justiça e tira site de apostas do ar após denúncias de fraude
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tomou uma medida significativa nesta segunda-feira (4) ao atender a uma decisão da Justiça de São Paulo e determinar a suspensão do site de apostas Blaze em todo o território brasileiro. A decisão foi motivada por denúncias de fraude que levaram a Justiça a agir contra a plataforma, que possui mais de 25 milhões de usuários registrados no Brasil.
A empresa de apostas Blaze estava no centro das atenções desde junho, quando uma investigação do jornalismo da Record TV revelou que a plataforma não tinha sede ou representantes no Brasil, levantando sérias preocupações sobre sua legalidade no país.
O pedido de bloqueio do site foi feito pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de São Paulo em 22 de agosto. Além do bloqueio do site, o juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner também ordenou a remoção do perfil da influenciadora Juju Ferrari no Instagram, que promovia os serviços da Blaze.
O juiz fundamentou sua decisão na natureza das apostas oferecidas pela plataforma, particularmente o tipo conhecido como “Crash”, onde os jogadores tentam adivinhar o momento certo para encerrar uma aposta e obter lucro. Guilherme Eduardo Martins Kellner classificou essa modalidade como um “jogo de azar correspondente a softwares geralmente adquiridos fora do país.”
Apesar da determinação da Anatel ter sido assinada às 15h05, o site da Blaze permaneceu no ar, mas começou a apresentar instabilidade para alguns usuários. A agência reguladora está empenhada em garantir o cumprimento da ordem judicial e a suspensão efetiva das atividades do site de apostas.
A decisão da Justiça e a subsequente ação da Anatel refletem a crescente preocupação das autoridades brasileiras com as atividades de apostas online, especialmente aquelas que operam sem regulamentação adequada e fora do escopo da legislação brasileira. A suspensão da Blaze serve como um alerta para outras empresas que atuam no mesmo setor e não estão em conformidade com as leis do país.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da Rádio Itatiaia