Pastor 171: religioso é preso após aplicar golpes em fiéis e fazer mais de 50 mil vítimas

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O pastor Osório José Lopes Júnior, líder de um esquema de golpes financeiros que enganou mais de 50 mil vítimas no Brasil e no exterior, foi preso na cidade de Gurupi, no Tocantins, na noite desta quinta-feira (21).

O religioso estava foragido após uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal e deve ser transferido para Brasília na segunda-feira (24), de acordo com investigadores.




Osório Júnior era alvo de um mandado de prisão durante a Operação Falso Profeta, deflagrada na quarta-feira (20), que teve como objetivo desarticular o esquema liderado por pastores que usavam o nome do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para aplicar golpes milionários em fiéis de igrejas e em lives na internet.

O golpe funcionava principalmente nas redes sociais, como YouTube, Telegram, Instagram e WhatsApp, onde o grupo de religiosos atraía vítimas, a maioria frequentadores de igrejas evangélicas, com uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara.” Eles convenciam as vítimas a investir suas economias em operações fraudulentas, prometendo retornos financeiros imediatos e altamente lucrativos.




A Polícia Civil identificou promessas absurdas, como a de que um depósito de R$ 25 renderia um retorno de “Um octilhão de reais” e que um investimento de R$ 2 mil resultaria em ganhos de 350 bilhões de centilhões de euros. Ao longo de cinco anos, o grupo movimentou pelo menos R$ 156 milhões.

O delegado Leonardo de Castro, coordenador do Decor (Delegacia Especial de Repressão a Crimes Cibernéticos), afirmou que este golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, afetando pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da federação.




O esquema fraudulento incluía a criação de empresas de fachada que simulavam ser instituições financeiras digitais. Os pastores celebravam falsos contratos com as vítimas, alegando que as quantias seriam liberadas a partir de títulos de investimento inexistentes, registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A polícia identificou cerca de 40 empresas fictícias e mais de 800 contas bancárias suspeitas associadas ao esquema.

Osório José Lopes Júnior é considerado foragido da Justiça e enfrenta um mandado de prisão preventiva. Os envolvidos poderão responder por diversos crimes, incluindo estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, contra a ordem tributária e organização criminosa.




A prisão de Osório Júnior representa um importante passo na desarticulação desse esquema fraudulento que causou prejuízos significativos a milhares de vítimas em todo o país e no exterior.

Fonte: Guia Muriaé




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