Conta de luz vai subir no próximo ano com peso dos subsídios

Mesmo com reservatórios cheios, brasileiro deve pagar mais pela energia em 2024

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Mesmo com os reservatórios hidrelétricos registrando os maiores níveis dos últimos 14 anos, os consumidores brasileiros estão prestes a enfrentar um aumento médio nas contas de luz no próximo ano. As projeções apontam para um acréscimo médio de 6,58%, podendo chegar a 10,41%, desafiando as expectativas de uma possível redução devido ao bom desempenho dos reservatórios.

A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) foi responsável pelas previsões, considerando variáveis como discussões jurídicas sobre créditos fiscais que historicamente amortecem os reajustes. Essa perspectiva contrasta com a inflação projetada para 2023 (4,53%) e 2024 (3,91%).




O presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, expressou preocupação com a disfuncionalidade do sistema elétrico, marcado por altas e quedas abruptas. A variação nos reajustes, que vai de 6,58% a 10,41%, reflete a incerteza jurídica sobre créditos fiscais concedidos aos consumidores.

Legislação recente contribui para aumentos




A situação se complica com a intervenção legislativa recente. O Congresso aprovou, em regime de urgência, um projeto de lei que regulamenta a geração de energia eólica em alto-mar. Contudo, o texto veio de artigos estranhos ao tema principal, influenciando o setor elétrico de maneiras imprevistas.

O presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, Luiz Eduardo Barata, alertou para a interferência do Congresso no planejamento setorial, caracterizando-o como à mercê de grupos de interesse. Esse cenário foi evidenciado pela aprovação apressada do projeto na Câmara dos Deputados, sem discussões detalhadas, resultando em aumentos significativos nos custos do sistema.




A Abrace estima que o referido projeto representará um acréscimo de R$ 39 bilhões nos custos do sistema elétrico, incorporando incentivos controversos, como renovação de contratos para termelétricas a carvão e reservas de mercado para usinas eólicas e pequenas centrais hidrelétricas.

Encargos e subsídios pesam na conta de luz




Apesar dos reservatórios hidrelétricos atingirem volumes expressivos, a expectativa de queda nos preços é frustrada pela carga de “encargos do sistema”. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por subsidiar diversos setores, apresenta um aumento constante, atingindo R$ 42,27 bilhões nos próximos anos, segundo a Abrace.

Wagner Ferreira, diretor Jurídico e Institucional da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia (Abradee), questiona a “tese do século”, alegando que os recursos da “tese” são das distribuidoras, que pagaram os tributos. A disputa está no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto os consumidores aguardam o desfecho que pode impactar diretamente nos custos de energia.




Impacto na tarifa e futuro do setor

Consultorias como a PSR estimam aumentos nas tarifas acima da inflação para o próximo ano, variando entre 3% a 4%. No entanto, Luiz Augusto Barroso, diretor-presidente da PSR, destaca que as tarifas já estão elevadas, e as intervenções legislativas recentes prejudicam a previsibilidade institucional, gerando uma “bagunça tarifária” com indícios de aumentos futuros.




Com a migração acelerada de consumidores para o mercado livre, o número de contribuintes para os encargos do sistema diminui, contribuindo para aumentos médios mais expressivos. A estimativa de custos anuais para o setor elétrico, em torno de R$ 343 bilhões, revela a complexidade e os desafios enfrentados, destacando a necessidade de um debate cuidadoso para garantir a estabilidade e eficiência do setor.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Globo




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