Mulher morre após pagar quase R$ 50 mil para ‘levantar o bumbum’ em MG
Laudelina Gomes morreu no dia 7 de março; família afirma que aplicação de polimetilmetacrilato foi feita por dentista e biomédica
A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando a morte de uma mulher de 60 anos após passar por um procedimento estético na clínica Corpomed, localizada no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte. A vítima, identificada como Laudelina Gomes Machado, faleceu no dia 7 de março após uma série de complicações durante uma sessão de bioplastia de glúteos.
Segundo relatos, uma enfermeira chegou para trabalhar na manhã daquele dia e encontrou Laudelina já na sala com o médico responsável. Após administrar medicamentos prescritos pelo profissional, a enfermeira foi novamente chamada à sala, onde encontrou Laudelina ajoelhada no chão. Mesmo com a intervenção de um cardiologista da clínica e dos serviços de emergência, a paciente não resistiu.
O procedimento em questão, a bioplastia de glúteos, utiliza PMMA (polimetilmetacrilato), uma substância plástica para preenchimentos estéticos. O médico responsável informou que Laudelina estava em sua quarta sessão do procedimento, pelo qual teria pago R$ 12 mil.
Segundo o marido da vítima, que estava presente no dia do ocorrido, Laudelina estava ansiosa e feliz com o resultado do procedimento. No entanto, essa última sessão resultou em complicações fatais.
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte, e o corpo de Laudelina foi submetido a exames necroscópicos e laboratoriais. A clínica Corpomed ainda não se pronunciou sobre o caso.
O uso de PMMA em procedimentos estéticos é regulamentado pela Anvisa, que exige registro e autorização para sua comercialização e uso. O produto Biossimetric, utilizado na bioplastia de glúteos, é um dos que contêm PMMA e tem indicações específicas para aplicação.
A concentração de PMMA varia de acordo com o produto e sua aplicação é restrita a áreas específicas do corpo. No caso da Biossimetric, sua aplicação nos glúteos é permitida para correções de irregularidades, mas não para aumento de volume.
A investigação em curso busca esclarecer todas as circunstâncias envolvendo a morte de Laudelina e determinar responsabilidades no caso, enquanto levanta questões sobre a regulamentação e segurança dos procedimentos estéticos.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do BHAZ