Polícia Civil prende líder religioso por importunação sexual, ameaça e curandeirismo
Policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Campos dos Goytacazes prenderam, nesta terça-feira (11/06), um líder religioso por importunação sexual, ameaça e curandeirismo. A prisão aconteceu no bairro Custodópolis, em Guarus
Segundo a investigação, o acusado utilizava os rituais religiosos para manter relações sexuais com as vítimas, utilizando, inclusive, cachaça, cocaína e chá de santo daime para cometer os crimes. Ele chegou a cometer ato sexual com sua filha consanguínea.
O homem era investigado desde o ano de 2022 em dez inquéritos policiais. Ele também praticava estelionato, uma vez que pedia dinheiro aos filhos de santo alegando que era para aquisição de novas consagrações espirituais para si próprio.
A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), doutora Juliana Oliveira, em coletiva de imprensa, falou sobre a prisão do líder religioso.
“São crimes diferentes, com vítimas diferentes. Algumas sofreram os três crimes citados, outras foram agredidas também. Os crimes se estenderam em muitas vítimas, inclusive contra a filha biológica do preso. As mulheres procuravam essa pessoa que se dizia um líder religioso, ele tinha uma casa no qual adotava diversas práticas religiosas e no primeiro momento, com os atos, as vítimas acreditavam que estavam passando por um processo de cura”, explicou Juliana.
Ainda segundo Juliana, além da prática sexual, ele extorquia as alegando que iria aumentar a religiosidade através de cursos e demais estudos que envolve a religião.
“Ele usava de quantias altas para fazer os trabalhos. Teve vítima que chegou a pegar empréstimo consignado para conseguir pagar a passagem dele para São Paulo”, destacou Juliana.
A delegada afirma que o suspeito contava com o auxílio de “filhas de santo” e as mesmas faziam os afazeres da casa, as “comidas de santo” e comidas para a família, entre outros serviços, tudo isso sem remuneração.
“A esposa dele é uma pessoa debilitada fisicamente e as ‘filhas de santo’ faziam os afazeres da casa, além de comidas, serviço de babá… tudo sem remuneração. Elas ficavam praticamente 24 horas à disposição dele e não tinham sequer a disposição de sair, pois ele alegava que a entidade poderia fazer alguma coisa com quem saísse.
Fonte: PCERJ / NF Notícias