Milk-shake envenenado mata diarista

Suspeito do crime era ex-companheiro da vítima. Ele teria indicado a vítima para uma faxina e pedido para o contratante entregar o doce para ela como uma "surpresa"

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No final da tarde desta terça-feira, a Polícia Civil prendeu o homem suspeito de assassinar sua ex-namorada, Vitória da Conceição Pereira, de 23 anos, com um milk-shake envenenado.

O crime ocorreu em Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e o suspeito, Deivid Nascimento Santana, de 30 anos, foi encontrado em Rio das Pedras.




De acordo com as investigações, Deivid utilizou um nome falso para intermediar a contratação de Vitória para uma faxina. Ele solicitou ao contratante que entregasse um milk-shake de morango para ela como uma “surpresa”. Após consumir a bebida, no último sábado (3), Vitória começou a convulsionar e foi levada ao Hospital Conde Modesto Leal, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu no dia seguinte. Os investigadores suspeitam que a bebida continha veneno de rato.

O delegado responsável pelo caso, Bruno Gilaberte Freitas, afirmou que o crime foi premeditado. Deivid persuadiu os contratantes a contratar Vitória e entregar o milk-shake envenenado, sob o pretexto de agradá-la.




— As pessoas foram convencidas por ele a contratar Vitória como faxineira. Porém, ele disse que não poderia aparecer ou ser citado porque faria uma surpresa para ela. Ele também disse que deveriam dar o milk-shake de morango para agradá-la. Só que ele estava envenenado — declarou o delegado Freitas.

Os contratantes, enganados por Deivid, socorreram a vítima e informaram o ocorrido à delegacia. Eles desconheciam a verdadeira identidade do suspeito, o que reforça a complexidade do caso.




Na decisão pela prisão temporária de Deivid, a juíza Suzana Vogas Tavares Cypriano destacou que o suspeito já havia ameaçado a vítima anteriormente. Em outra ocasião, ele invadiu a casa de Vitória e a ameaçou com uma faca, levando-a a registrar ocorrência e obter uma medida protetiva contra ele.

Além disso, Vitória denunciou Deivid por perseguição, relatando que ele a importunava com mensagens nas redes sociais, muitas vezes usando perfis falsos.




Os policiais da 82ª DP (Maricá) continuam realizando diligências para esclarecer todos os detalhes do crime e reunir provas adicionais contra o suspeito. Vitória deixa um filho de quatro anos, e o caso gerou grande comoção na comunidade local.

Fonte: Guia Muriaé, com inforações do Jornal O Globo




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