Homens compram carros, não pagam, trocam os veículos por armas e as repassam para o crime organizado

Dois suspeitos foram presos; a polícia acredita que as armas eram repassadas para criminosos do aglomerado Cabana Pai Tomás, em BH

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Na manhã desta quinta-feira (22/8), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na capital e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a operação Catira, cumprindo dois mandados de prisão e 18 de busca e apreensão.

A ação tem como alvo uma associação criminosa que se especializou na compra e venda de diversos artigos ilegais, incluindo armas de fogo, além de golpes de estelionato envolvendo veículos.




A investigação iniciou em abril de 2023, quando uma denúncia – que no princípio se apresentava como simples desacordo comercial -, acabou por evidenciar um esquema de estelionato com inúmeras vítimas.

Um dos principais investigados, dono de uma oficina mecânica, adquiria veículos de clientes sob a promessa de pagamento de valor pactuado. Após receber o veículo, repassava a terceiros, por meio de venda ou troca, mas não realizava o pagamento.




Em junho de 2023, a PCMG realizou buscas nos endereços do suspeito e apreendeu um celular, que revelou a estrutura de uma associação criminosa dedicada à compra e venda de produtos adquiridos ilicitamente.

Além de carros e motocicletas, a Polícia Civil descobriu ainda o comércio ilícito de armas de fogo. “Ao que tudo indica, em regra, os envolvidos não são os ‘consumidores finais’ das armas de fogo. Os elementos demonstram que os investigados adquirem os instrumentos bélicos por valores menores, em razão das boas fontes que possuem, e repassam aos criminosos e demais interessados”, detalhou o delegado Gabriel Teixeira da Silva, da 1ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro.




Um dos alvos da operação, um despachante de arma, seria responsável pela manipulação documental, de forma que os interessados que não preenchiam os requisitos legais conseguiam acessar o armamento.

Dos presos, um foi detido em Lagoa Santa, tendo sido, ainda, autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso restrito, e outro, em Contagem, ambas cidades da RMBH. Outros dois investigados, que estão com mandado de prisão em aberto, não foram localizados durante a operação e seguem sendo procurados.




Durante a operação, os policiais apreenderam diversos aparelhos de telefone celular, duas armas de fogo, munições, documentos de veículos, notebooks, três automóveis e uma motocicleta.

Catira




Ainda segundo Teixeira, os investigados formaram uma espécie de “balcão virtual de vendas de produtos ilícitos”, batizada por eles como “catira”. “As armas que entram na posse dos investigados são anunciadas aos demais envolvidos para revenda. Assim, os carros das vítimas primárias, por exemplo, eram utilizados como moeda de troca na obtenção de armas”, explicou o delegado, destacando que alguns dos clientes estão envolvidos com o tráfico de drogas na comunidade Cabana do Pai Tomás, em Belo Horizonte.

Os presos foram encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.




Fonte: PCMG




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