Professor de Muriaé é encontrado morto dentro de freezer após 20 dias; suspeitos moravam com ele
Polícia acredita que suspeitos ficaram com medo de não terem um local para ficar e, por isso, cometeram o assassinato
O corpo de Carlos de Souza Pedrosa, um professor aposentado de 58 anos, foi encontrado na última segunda-feira (26) dentro de um freezer abandonado em uma área rural de Tangará da Serra, localizada a mais de 240 km de Cuiabá, Mato Grosso. A vítima, que estava desaparecida há cerca de 20 dias, era natural de Muriaé.
De acordo com o delegado Adil Pinheiro, responsável pelo caso, Carlos vivia sozinho e ofereceu abrigo temporário a dois jovens, ambos de 19 anos, que são os principais suspeitos do assassinato.
O delegado relatou que os suspeitos se aproveitavam da hospitalidade do professor, utilizando a residência dele como ponto para consumo de drogas. A relação entre os três teria se deteriorado após o professor mencionar planos de vender seus pertences e se mudar da cidade, o que incomodou os jovens, temendo perder o lugar onde estavam morando.
Conforme as investigações, no dia 5 de agosto, os jovens teriam matado Carlos com golpes de faca durante um desentendimento motivado pelo uso excessivo de álcool e drogas. Após o crime, eles utilizaram os cartões de crédito da vítima, sendo presos por furto na mesma data. Contudo, na ocasião, foram liberados após serem ouvidos.
Dois dias depois, foi registrado o desaparecimento do professor, iniciando uma investigação mais aprofundada pela polícia. Durante as diligências, os investigadores encontraram móveis pertencentes à vítima na casa de uma tia de um dos suspeitos. Pressionado, um dos jovens acabou confessando o crime e indicou o local onde o corpo do professor estava escondido.
Carlos de Souza Pedrosa, carinhosamente conhecido como “Carlinhos”, tinha uma longa trajetória na educação, iniciada em 1999 em um centro municipal de ensino fundamental e infantil de Tangará da Serra. Formado em pedagogia em 1994, ele havia dedicado grande parte de sua vida à educação antes de se aposentar. Nascido em 6 de março de 1966, no distrito de Pirapanema, em Muriaé, ele era lembrado por amigos e colegas como uma pessoa generosa, cuja vida foi tragicamente interrompida.
As investigações continuam, e a polícia segue na busca do segundo suspeito, que permanece foragido.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da Rádio Itatiaia