Tempo seco no Brasil: veja dicas para amenizar os problemas de saúde com a piora da qualidade do ar
Confira dicas que ajudam a proteger o corpo dos efeitos causados pelo tempo seco
A prolongada seca no Brasil, associada ao aumento dos focos de incêndios em diversas regiões, tem gerado graves consequências para o clima e a saúde da população.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre janeiro e ontem foram registrados 159.411 focos de incêndio, um crescimento de 100% em relação ao mesmo período de 2023. A situação crítica já colocou 60% do território nacional sob a influência de fumaça, agravando o cenário de seca e dificultando ainda mais as condições respiratórias da população.
Na cidade de São Paulo, os efeitos desse quadro foram intensos, e a capital paulista registrou, pelo segundo dia consecutivo, a pior qualidade do ar do mundo, de acordo com o site de monitoramento IQAir. O índice de qualidade do ar atingiu 162, superando grandes cidades como Dubai e Kinshasa. O fenômeno é consequência da combinação de tempo seco, fumaça proveniente dos incêndios e falta de chuvas.
Riscos à saúde com o clima seco
O tempo seco é comum no inverno brasileiro, mas este ano as condições se agravaram devido aos incêndios e à baixa umidade do ar. Especialistas alertam para os riscos à saúde respiratória, principalmente para pessoas que já possuem doenças como asma, bronquite, rinite e sinusite. A diminuição da umidade afeta a mucosa respiratória, tornando o corpo mais vulnerável a infecções e alergias, além de provocar desconfortos como sangramento nasal e ressecamento da pele.
O índice de umidade do ar é uma medida crítica para avaliar o nível de risco à saúde. Quando o nível de umidade varia entre 20% e 30%, já é considerado estado de atenção. Abaixo de 20%, o cenário passa para estado de alerta, enquanto uma umidade menor que 12% é considerada emergência, segundo parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Medidas de prevenção
Diante desse cenário, especialistas recomendam diversas ações para aliviar os efeitos do clima seco e proteger a saúde:
- Uso de umidificadores: Dispositivos que aumentam a umidade do ar nos ambientes podem ajudar a amenizar o desconforto causado pelo ressecamento das vias respiratórias. Quem não possui um umidificador pode utilizar bacias com água nos cômodos da casa, como sala e quarto.
- Hidratação constante: Manter-se hidratado é fundamental. A ingestão de água deve ser frequente ao longo do dia, além do consumo de sucos naturais e água de coco. Também é importante evitar exercícios físicos entre 10h e 16h, quando o calor é mais intenso.
- Ventilação dos ambientes: É essencial manter as janelas abertas para melhorar a circulação de ar e evitar o acúmulo de ácaros e outros agentes alergênicos.
- Higiene de cobertores e roupas de inverno: Itens como cobertores e casacos, que ficam guardados por longos períodos, devem ser lavados antes do uso para evitar o contato com fungos e mofo.
- Limpeza da casa: Manter a casa limpa, aspirar tapetes e lavar cortinas são medidas que ajudam a reduzir a poeira e, consequentemente, minimizar os riscos de crises alérgicas.
Atenção especial para crianças e idosos
Crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis aos efeitos do clima seco. Por isso, é importante garantir que esses grupos consumam líquidos regularmente e evitem exposição ao sol e ao calor excessivo. A umidificação do ar em casa e uma alimentação rica em nutrientes também são essenciais para minimizar os impactos sobre a saúde.
A situação de seca e os incêndios continuam sendo monitorados pelas autoridades, mas a expectativa é que as condições climáticas permaneçam adversas nas próximas semanas, reforçando a necessidade de cuidados redobrados por parte da população.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal Globo
Receba nossas notícias direto no seu WhatsApp! Envie uma mensagem para o número (32) 99125-5754 ou pelo link 
