Brasil tem 8ª onda de calor do ano nesta semana
País deve ter nova sequência de dias com marcas acima da média, baixa qualidade do ar e potencial para novos focos de incêndio. Fenômeno deve se estender até segunda semana de outubro.
Após um breve período de alívio, provocado por uma frente fria no último final de semana, o Brasil enfrenta uma nova onda de calor, a oitava registrada neste ano. Segundo a Climatempo, as temperaturas voltaram a subir no domingo (29), especialmente nas regiões Centro-Sul, onde o calor e o ar seco retomaram força.
A previsão é de que o calor intenso perdure até pelo menos o dia 8 de outubro, impactando, sobretudo, o Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Além das altas temperaturas, especialistas alertam para o aumento dos focos de incêndio e a deterioração da qualidade do ar, com o céu podendo ficar esbranquiçado devido à fumaça das queimadas.
A umidade relativa do ar também deve atingir níveis críticos em várias capitais, tornando a situação ainda mais preocupante. As áreas mais afetadas devem incluir o interior de São Paulo, oeste de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e Goiás, onde as máximas podem ultrapassar os 40°C.
Capitais atingidas
As capitais das regiões Centro-Oeste e Sudeste estão entre as mais impactadas pela nova onda de calor. Em Campo Grande, os termômetros devem registrar 40°C já nesta segunda-feira (30), enquanto em Cuiabá a marca deve ser atingida a partir de terça-feira (1).
De acordo com Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, essa tendência de calor acima da média deve se manter até a primeira quinzena de outubro. “Podemos esperar um certo alívio a partir da segunda quinzena, mas não é um alívio completo. As temperaturas ainda estarão altas, embora dentro de padrões mais normais para a época”, explicou.
Recordes de calor na primavera
A recente onda de calor já fez com que diversas capitais registrassem recordes de temperatura neste início de primavera. São Paulo, por exemplo, bateu o recorde de calor três vezes consecutivas. Capitais do Centro-Oeste, como Brasília e Campo Grande, também tiveram as maiores temperaturas do ano.
Luengo explica que é comum o registro de altas temperaturas durante a primavera, já que a estação marca a transição entre o inverno e o verão. “As temperaturas sobem rápido porque ainda não há tanta umidade como no verão, o que permite um período mais prolongado de calor intenso”, detalhou o meteorologista.
Alerta de fortes chuvas no Rio Grande do Sul
Enquanto o calor predomina no Centro-Sul do país, o Rio Grande do Sul continua em alerta para chuvas intensas. Após uma semana marcada por temporais, especialmente no sul do estado, a previsão é de que o estado registre novos volumes elevados de precipitação ao longo da semana.
Cidades do sul gaúcho, que já sofreram com acumulados de chuva acima da média em um único dia, devem continuar enfrentando instabilidades. Segundo a Climatempo, as chuvas intensas são resultado de uma combinação de fatores, incluindo o bloqueio provocado pela massa de ar quente no centro do Brasil, a presença de um cavado e o avanço lento de uma frente fria na região.
As áreas mais afetadas podem acumular mais de 80 milímetros de chuva, com riscos de novos alagamentos e deslizamentos em regiões já impactadas pelos temporais anteriores.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1