Operação cumpre 16 ordens de prisão contra grupo ligado ao PCC em MG, RJ e MS; policial penal é alvo

Investigações, que duraram mais de 18 meses, começaram com a identificação da tentativa de expansão da facção em Juiz de Fora

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio da Diretoria de Inteligência (Dint), deflagraram na manhã de hoje, 9 de outubro, a operação Alpha, que teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas, homicídios e outros crimes violentos.

Foram cumpridos 16 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em Juiz de Fora, Uberlândia, Pará de Minas, Três Corações, Rio de Janeiro/RJ e Campo Grande/MS. Entre os alvos está um policial penal que foi cooptado e praticava atos de favorecimento para os grupos criminosos.




A operação decorre de um trabalho conjunto realizado entre o Gaeco Juiz de Fora e a Diretoria de Inteligência da PMMG, que, ao longo de mais de 18 meses, mapearam e identificaram a tentativa de estabelecimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Juiz de Fora. A tentativa de domínio territorial por esse grupo criminoso levou a eclosão de um conflito com integrantes e simpatizantes de outra facção criminosa (Comando Vermelho), resultando em diversas mortes.

Em virtude dessa crescente de homicídios, em meados de 2022, o MPMG instaurou investigação para apurar e identificar integrantes dessas facções atuantes em Juiz de Fora, responsáveis por tráfico de drogas, homicídios, porte e comercialização de armas de fogo e outros crimes graves. Além desses crimes, os grupos criminosos buscavam o favorecimento dentro do sistema prisional por meio da cooptação de um policial penal.




Ao longo da investigação, após inúmeras diligências praticadas pelos agentes do Gaeco e pela equipe da Dint/PMMG, aliadas às diversas provas obtidas a partir de ordem judicial (interceptação telefônica e quebra de sigilo de dados telemáticos), obteve-se provas de que os alvos da operação integram, de maneira estruturada e permanente, grupos criminosos vinculados a facções de âmbito nacional, os quais, mediante divisão de tarefas, se dedicam à prática de crimes graves.

Além do Ministério Público e da Polícia Militar, a operação conta com apoio direto das Polícias Civil e Penal de Minas Gerais, da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, do Gaeco-RJ e da CSI-RJ, ambos do Ministério Público do Rio de Janeiro.




No final da manhã, o coordenador do Gaeco Juiz de Fora, promotor de Justiça Thiago Carvalho, o promotor de Justiça Roberto Freire e a porta-voz da PMMG, major Layla Brunnela, concederam entrevista coletiva sobre a operação.

Fonte: MPMG




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