Professora é presa suspeita de agredir bebê, e escola particular é interditada em MG
Mulher foi gravada arrastando, batendo e atingindo crianças com itens da sala de aula
Na última sexta-feira (25), uma professora de uma escola privada em Ouro Fino, no Sul de Minas, foi detida sob suspeita de cometer maus-tratos contra um bebê de um ano e quatro meses. A educadora, que é parente de uma das diretoras da instituição, é investigada por ações violentas, como arrastar e bater em crianças utilizando objetos presentes na sala de aula.
A Justiça de Minas Gerais acompanha o caso e relatou que gravações em áudio e vídeo sugerem condutas da docente que se enquadram, em tese, como maus-tratos e tortura física e psicológica. A prisão foi autorizada pela 1ª Vara Civil, Criminal e de Execuções Penais de Ouro Fino após a denúncia da mãe da criança.
Como medida adicional, a Justiça ordenou o fechamento temporário da escola até que sejam comprovadas condições seguras para os alunos. Foi estabelecida uma multa de R$ 100 mil diários caso a instituição descumpra a decisão.
Relatos e provas levantadas pelo Ministério Público
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou a professora, apontando comportamentos agressivos e ríspidos com os alunos. Em uma gravação do dia 17 de outubro, a professora é vista arrastando uma criança pela perna com força excessiva. Em outro vídeo, datado de 11 de outubro, a investigada aparece batendo na mão de um aluno e, posteriormente, retirando bruscamente o babador de uma criança, que acabou batendo a cabeça na mesa. Em outro episódio, do início de outubro, a suspeita teria atingido um aluno com um colchão.
Além das imagens, áudios anexados ao processo revelam que a professora, supostamente, admite ter agredido uma criança, declarando ter “beliscado” um aluno e afirmando que agiu de forma intencional, embora negue responsabilidade por hematomas encontrados no menor.
Suspensão das atividades e medidas de proteção
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão das atividades escolares até que a instituição comprove um ambiente seguro para o retorno das aulas. Com 300 alunos, entre ensino infantil e médio, a escola encontra-se fechada desde a última sexta-feira.
O MPMG apontou que o colégio tinha acesso às gravações das câmeras e, de forma omissiva ou negligente, não teria impedido os atos da professora. A Justiça considerou que apenas o afastamento da educadora não garantiria a proteção física e emocional dos alunos, sendo necessária a suspensão temporária das atividades escolares.
A Justiça mineira ressaltou que o colégio deve adotar medidas que assegurem a proteção integral dos menores e se comprometer a manter um ambiente adequado para que possa reabrir suas portas.
Posição da escola
A instituição se pronunciou em nota, lamentando o fechamento temporário e anunciou que irá recorrer da decisão judicial. A direção declarou que, além de priorizar a educação, busca promover o desenvolvimento social e afetivo, “construindo pontes entre pais e filhos e tratando todos como parte de uma grande família”.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo