De mão dada com a mãe, criança de 5 anos é baleada e morre
Um menino de apenas cinco anos, Carlos Eduardo Cabral de Moura, foi morto por uma bala perdida nesta sexta-feira (1º) em Japeri, na Baixada Fluminense. A criança foi atingida ao sair de um supermercado, de mãos dadas com a mãe, e chegou a ser socorrida no Hospital Municipal de Japeri, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com informações da Polícia Militar, o incidente ocorreu na Estrada Miguel Pereira, próximo ao bairro Nova Belém. Uma viatura do programa Segurança Presente estava manobrando na Rua Davi, ao lado do mercado onde o menino estava com sua mãe, quando foi alvo de disparos supostamente oriundos da comunidade Morro do Sapo. A PM informou que os agentes não revidaram ao ataque e que nenhum policial foi ferido.
A Secretaria Municipal de Saúde relatou que Carlos Eduardo chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória e foi imediatamente encaminhado à sala vermelha. Uma equipe de médicos, enfermeiros e fisioterapeutas trabalhou para reanimá-lo, mas os esforços foram em vão.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense assumiu as investigações do caso e busca identificar os responsáveis pelo disparo que tirou a vida do menino.
Carlos Eduardo era aluno da Escola Municipal Darcílio Ayres Raunheitti. A Prefeitura de Japeri, juntamente com as secretarias municipais de Saúde e Educação, manifestou solidariedade e apoio à família e aos amigos da criança em meio à tragédia.
“Quando a gente tava voltando, a bala passou de raspão nas minhas costas e atingiu o menino, ele ficou agonizando, sentindo dor no chão. Trouxemos ele às pressas, ele tava desmaiado. Eu escutei um estampido. A moça pensou que ele tava passando mal, mas ele tava direitinho comigo, indo de mãos dadas para casa todo feliz”, conta a mãe Claudete Conceição.
Inconsoláveis, os familiares pedem justiça pelo que aconteceu. “Eu estava trabalhando, tô com a roupa suja de serviço para dar o melhor pro meu filho, pra minha família. Cheguei no trabalho, fiquei sabendo da notícia que meu filho foi baleado. Eu pergunto para a autoridade: o que meu filho fez para levar um tiro? Até onde a gente vai chegar com essa guerra entre as ruas?”, questiona o pai Kleiton de Moura.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da CNN