Governo de MG descarta caso de ‘vaca louca’

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) esclareceu que o caso de um idoso de 78 anos, atualmente internado em Caratinga, na Região do Rio Doce, não se trata da variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ). A vDCJ é uma forma rara e grave associada ao consumo de carne e derivados de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como “Doença da Vaca Louca”.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) reiterou que não há suspeitas de EEB em Minas Gerais e que o estado não enfrenta qualquer tipo de investigação sobre essa doença entre os animais de produção. Segundo o IMA, a situação é monitorada rigorosamente, e o risco de contaminação é considerado “insignificante” pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), dado que o Brasil nunca registrou casos clássicos da doença.




A Doença de Creutzfeldt–Jakob (DCJ) ocorre majoritariamente de forma esporádica e atinge principalmente pessoas entre 55 e 70 anos. A SES-MG informou que segue acompanhando o caso do paciente por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.

Entenda a vDCJ e a Doença da Vaca Louca

A variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob é associada à Encefalite Espongiforme Bovina, uma condição que afeta o sistema nervoso dos bovinos e que pode, em raros casos, ser transmitida a humanos através do consumo de carne contaminada. Os primeiros casos de vDCJ em humanos surgiram na década de 1990 no Reino Unido e foram ligados ao uso de farinha de carne e ossos infectados na alimentação animal. A vDCJ se manifesta principalmente em pessoas jovens, o que não corresponde ao perfil do paciente em questão, conforme destacou a SES-MG.




O diagnóstico de doenças relacionadas à EEB envolve uma análise rigorosa de sintomas, histórico epidemiológico e exames, conforme os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A confirmação da variante pode ser feita apenas por meio de necropsia, com avaliação de fragmentos do tecido cerebral.

Sintomas e formas de prevenção

Os sintomas de ambas as formas da Doença de Creutzfeldt-Jakob incluem perda de memória, tremores, falta de coordenação motora, distúrbios de linguagem e perda da visão. Entretanto, a vDCJ tende a afetar pessoas mais jovens e está associada a alimentos contaminados, enquanto a forma esporádica da DCJ ocorre sem uma causa identificável.




Desde 1998, o Brasil adota medidas para prevenir a entrada da vDCJ, incluindo a proibição de importação de produtos bovinos de países onde houve registros de EEB, além de restrições à importação de sangue doado por pessoas que viveram no Reino Unido.

Tratamento e cuidados

O tratamento para a Doença de Creutzfeldt-Jakob, de acordo com o Ministério da Saúde, é apenas paliativo, pois não há terapias capazes de modificar o curso fatal da doença, que geralmente leva ao óbito em até um ano. A abordagem se concentra em cuidados de suporte, com atenção às necessidades nutricionais, psicológicas e de planejamento para o acompanhamento domiciliar do paciente e apoio à família.




Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas




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