Tragédia que deixou 39 mortos na BR-116 em MG: motorista de carreta é preso no ES

Exames de urina, coletados dois dias depois do acidente, apontado uso de bebida alcoólica, cocaína e ecstasy. 39 pessoas morreram na tragédia

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O motorista da carreta envolvida no trágico acidente na BR-116, em Teófilo Otoni, que resultou na morte de 39 pessoas, foi preso nesta segunda-feira (21), no Espírito Santo.

O mandado de prisão preventiva foi expedido após exames apontarem o uso de álcool, cocaína e ecstasy pelo condutor na época do acidente. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou a prisão através da rede social X, antigo Twitter.

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O acidente

A colisão ocorreu na madrugada de 21 de dezembro, quando um ônibus de viagem com 45 passageiros, que seguia de São Paulo para a Bahia, chocou-se contra uma carreta transportando um bloco de granito. A carga teria tombado, levando o ônibus a colidir frontalmente com a rocha, o que provocou um incêndio. Um automóvel que vinha logo atrás também colidiu com a carreta, deixando três feridos.

Defesa contesta prisão

A defesa do motorista criticou a decisão judicial, argumentando que ele colaborou com as investigações e não tentou obstruir os trabalhos da polícia. Segundo os advogados, o suspeito manteve sua rotina habitual em Barra de São Francisco, onde foi detido, e a prisão preventiva foi considerada desnecessária.

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Em nota, a defesa questionou ainda a politização do caso, destacando que as publicações do governador sobre o episódio poderiam influenciar a percepção pública e comprometer a busca por uma análise imparcial.

Investigação aponta irregularidades

De acordo com o juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal de Teófilo Otoni, a prisão foi decretada com base em fatores como o excesso de peso da carga, a alta velocidade da carreta, a falta de condições adequadas de descanso do motorista e a ausência de fiscalização sobre o transporte do bloco de granito.

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Além disso, a perícia refutou a versão apresentada pelo condutor de que o acidente teria sido causado pelo estouro de um pneu do ônibus. Também foi constatado que o motorista negou-se a ceder seu celular para análise, o que reforçou a decisão judicial.

Perícia e tecnologia

A Polícia Civil utilizou um scanner 3D para reconstituir a dinâmica do acidente e destacou que o conjunto probatório ainda está sendo analisado. Nenhuma hipótese foi descartada, mas a investigação preliminar indica que o sobrepeso da carga foi determinante para o tombamento da carreta.

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O delegado Amaury Albuquerque esclareceu que as investigações seguem em andamento e ainda não há prazo para conclusão.

Divergência no número de vítimas

Após o acidente, houve confusão sobre a quantidade de mortos. A Polícia Civil inicialmente apontou 41 vítimas, baseando-se no número de sacos mortuários utilizados. No entanto, a empresa de ônibus Emtram confirmou que havia 45 passageiros no veículo, dos quais seis sobreviveram, totalizando 39 mortes. A perícia ainda avalia a possibilidade de separação de restos mortais de uma mesma vítima em mais de um saco.

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Repercussão

A tragédia mobilizou autoridades e gerou debates sobre segurança nas estradas e condições de transporte de cargas pesadas no Brasil. A prisão do motorista marca uma nova etapa do caso, mas a busca por respostas definitivas ainda depende da conclusão do inquérito e do julgamento.

Fonte: Guia Muriaé

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