Outubro Rosa – Mobilização e histórias sobre o câncer de mama

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O Outubro Rosa já mobilizou milhares pessoas em todo o Brasil. Por meio da Hashtag #OutubroRosa2014, o Ministério da Saúde reuniu imagens de várias regiões do país que participaram da campanha.

A ação tem o objetivo de conscientizar sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), para o controle do câncer de mama, é recomendado que as mulheres entre 50 e 69 anos realizem mamografia a cada dois anos, mesmo que não tenham alterações. Leia mais informações aqui.




O Blog da Saúde também reuniu o depoimento de duas mulheres incríveis, guerreiras e que são exemplos de superação na luta contra o câncer de mama.

Denise Marinho Da Silva Vingnotto, 41 anos




Meu nome é Denise Marinho Da Silva Vingnotto, tenho 41 anos de idade, nasci na cidade de Bauru (SP) onde moro até hoje.

No ano de 1996, perdi minha mãe com apenas 46 anos de idade com câncer de mama. Ela havia descoberto a doença há três anos, mas mesmo fazendo cirurgia e os tratamentos não foi o suficiente para salva-la do câncer.




Sofremos muito com a perda dela, pois já estávamos muito desapontados de tanto perder tias e primas todas com câncer de mama. Cinco anos da morte da minha mãe, detectei algo estranho em minha mama direita, era um pequeno tumor, procurei meu médico e rapidamente ele fez o autoexame e disse que tinha mesmo um nódulo e que eu precisaria fazer uma ultrassonografia seguida de punção.

Foi então que fiz e como previsto pelo histórico familiar, ali estava eu com 27 anos de idade um bebê de três aninhos que eu havia amamentado por dois anos, com um diagnóstico assustador, mais uma vez o câncer de mama atacava outra mulher da família.




Foi tudo muito rápido, dentro de quinze dias eu já estava fazendo cirurgia. Logo após a mastectomia radical seguida de retirada dos músculos e linfonodos axilares. Saí do hospital e já comecei a fazer radioterapia 30 sessões e oito ciclos de quimioterapia.

Depois de sete anos sem a mama direita fiz a reconstrução mamária e ia poder voltar me sentir mulher novamente. Pois a perda da mama é uma das piores sequelas físicas e psicológica que a mulher sofre. Faziam exatamente seis meses da reconstrução mamária, quando mais uma vez eu fazendo autoexame descobri novamente outro nódulo, desta vez na mama esquerda. Realmente era outro nódulo apalpável. Fui o mais depressa possível fazer os exames. Quando chegou o resultado, coincidência ou não sei como explicar. No dia 13 de agosto de 2009, exatamente sete anos após o mesmo dia e mês, só mudou o ano, chegou o diagnóstico de outro carcinoma mamário.




Pra mim foi um choque, no momento que havia acabado de reconstruir a mama direita, então a doença resolve aparecer na esquerda, seis meses somente após a reconstrução da mama direita. Fiz tudo novamente, cirurgia e quimioterapia. Confesso que é muito triste lembrar daquele momento quando soube que iria fazer a quimioterapia novamente, e perder todo meu cabelo. Sofremos demais, eu juntamente com toda minha família. Muitos achavam que assim como minha mãe e as outras tias e primas eu não iria muito longe. Pensavam que eu ia morrer logo. Mas, graças a Deus e a fé que tenho, hoje posso dizer que: venci dois cânceres de mama. Depois de treze anos estou aqui com meus filhos crescidos.

Carmem Angela, 47 anos




Sou paciente com câncer de mama desde setembro de 2012. Faço todo meu tratamento pelo SUS e passei pela mastectomia da mama esquerda, reconstrução da mama, oito sessões de quimioterapia e 18 ciclos de hormonioterapia.

Foi um período que, para não pensar no meu câncer, eu preferi me dedicar ao bem estar de outras pacientes doando meu tempo, com visitas hospitalares, conseguindo doações com muitas amigas de lenços, perucas, chapéus e maquiagens para serem entregues as pacientes como eu, de hospitais públicos.




Não digo que esse período foi para mim um mar de rosas, tiveram seus espinhos também, não sou beneficiaria do INSS, meu casamento acabou, tive dores, fiquei inchada, mais sempre superei esses momentos me dedicando ao próximo!

Estou hoje em manutenção e continuo meu voluntariado.




Tenho por convicção não deixar o medo ficar ao meu lado, se a vida me deu limões, bora fazer uma limonada e se não estiver bem doce, rebole , rebole muito que o açúcar esta no fundo!

Fonte: Blog da Saúde




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