8 de março – Dia Internacional da Mulher

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O dia 08 de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher. Historicamente, a data surgiu em homenagem às manifestações de operárias pela redução da jornada de trabalho, na Europa e nos Estados Unidos, no final do século XIX e início do século XX. A data emblemática faz referência ao dia 08 de março de 1857, quando 129 mulheres tecelãs de uma fábrica em Nora Iorque foram reprimidas pela polícia e, ao refugiarem-se nas dependências da fábrica, foram trancadas e carbonizadas no local.




Ela começou a ser comemorada após a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, quando o dia foi proposto em homenagem às tecelãs. Um ano mais tarde, quando milhares de mulheres manifestaram-se na Europa, a data passou a ser celebrada no mundo inteiro.

Entre as conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos estão, por exemplo, o direito ao voto, a inserção profissional em áreas de atuação que eram exclusivamente masculinas e a autonomia econômica. No Brasil, uma considerável conquista foi a publicação da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres.




De acordo com relatório das estimativas globais e regionais de violência contra mulheres, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2013, cerca de 35% de todas as mulheres do mundo vão sofrer violência doméstica ou fora do ambiente familiar, em algum momento de suas vidas. O estudo mostra que, deste número, 30% das agressões será praticada pelo cônjuge, sendo esse o tipo mais comum de violência contra as mulheres. O estudo aponta que 38% das mulheres vítimas de homicídio no mundo foram mortas por seus parceiros.

Mulheres que sofrem agressões estão propensas a diversos problemas de saúde que emergem deste cenário, como lesões, fraturas e contusões em consequência de violência sexual ou física, propensão a doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, clamídia, gonorreia e Aids, além de casos de complicações na gravidez, depressão, outras doenças e agravos e até mesmo a morte. A violência contra as mulheres, portanto, se constitui como um grave problema de saúde pública que demanda a atuação do Estado brasileiro e de diversos setores da sociedade.




No Brasil, quando submetidas a situações de violência, as pessoas devem procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), onde serão acolhidas conforme sua condição. O atendimento nas unidades de saúde conta com acolhimento, atendimento multiprofissional humanizado e encaminhamentos necessários. De acordo com a necessidade e o tipo de violência sofrida, os serviços de saúde de referência também disponibilizam a realização de exames, anticoncepção de emergência, profilaxia para DST, inclusive HIV e Hepatite B, preenchimento da Ficha de Notificação, acompanhamento clínico, social e psicológico, entre outras medidas para a atenção integral à saúde.

A lista com os serviços de saúde para atenção às pessoas em situação de violência pode ser acessada por qualquer pessoa no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) – serviço especializado 165 e suas classificações.




Acesse a lista desses serviços.

Na saúde, o Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade de levar informação sobre os direitos das mulheres garantidos pelo Estado brasileiro. Parabéns a todas as mulheres que lutaram e que continuam buscando ampliar seus espaços, em prol da igualdade e do respeito merecidos por todas.




Fonte: Ana Beatriz Magalhães / Blog da Saúde




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