Pesquisa mostra o perfil do consumidor de pescado em Minas Gerais
Para traçar um perfil fidedigno do consumidor de pescado no Estado, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio da Diretoria da Aquacultura e Pesca, realizou, no primeiro trimestre de 2015, uma pesquisa estadual na qual foram analisados 2,8 mil questionários, respondidos voluntariamente, abrangendo diferentes regiões.
Segundo a diretora de Aquacultura e Pesca da Seapa, Ana Carolina Castro Euler, o objetivo da pesquisa é dinamizar as ações voltadas para o fortalecimento da cadeia produtiva do pescado em Minas. “Conhecendo o consumidor, temos condições de subsidiar as ações de Governo que promovam o desenvolvimento sustentável nas dimensões tecnológica, econômica e ambiental” explica.
A pesquisa evidenciou que os mineiros preferem carne bovina (49%) como fonte de proteína nas refeições, seguida por frango (22%) e pescado (20%). Quanto à frequência de consumo de peixe ou produtos da Aquacultura, 47% consomem, pelo menos, uma vez na semana, predominantemente em casa, com preferência pelos produtos ofertados na forma de filés. Adquirem produtos que custam entre R$ 15 e R$ 25, com tendência aos pescados frescos frente aos congelados, sendo indiferentes à origem (extrativismo ou criatório).
Em restaurantes, os consumidores consideram que o custo, a forma de preparo e apresentação dos pratos são os principais fatores limitantes para o aumento da frequência de consumo e demonstraram interesse em saber qual peixe/espécie estão consumindo. O jovem como consumidor atual e do futuro acompanha a tendência mencionada, ressaltando que os restaurantes se destacam como os locais frequentes de consumo deste público específico.
“A tilápia e o camarão são os principais produtos consumidos. Para as espécies de peixes nativos, o surubim foi o mais mencionado. Já o salmão foi o peixe importado de maior preferencia, seguido pela merluza e bacalhau” analisa a diretora Ana Euler. Algas (7%) e rã (4,5%) também foram mencionadas pelos entrevistados e se sobressaíram entre os consumidores das regiões Central e Metropolitana de Belo Horizonte.
O período da quaresma foi citado como a data mais importante para o consumo, portanto a mais atrativa para o comércio de produtos aquícolas. As férias de verão na praia também apareceram como período sugestivo para o consumo de pescados.
Particularidades regionais
De acordo a diretora Ana Euler, a pesquisa apontou algumas particularidades observadas por regiões. A preferência pelo consumo de proteína bovina é unânime em Minas. Nas regiões Sul, Triangulo Mineiro, Alto Paranaíba e Rio Doce, a preferência pelo consumo de peixes e/ou produtos da aquacultura ficou em segundo lugar.
As regiões da Zona da Mata, Jequitinhonha/Mucuri e Norte apresentaram resultados semelhantes para pescado e frango, empatados em segundo lugar. Na região Centro-Oeste, a proteína de pescado apareceu superior à carne suína e inferiores à carne de frango. Nesta região, o preço foi citado como um dos fatores que limita o consumo do pescado nas refeições. Sobre a preferencia quanto à origem do produto, as regiões do Jequitinhonha/Mucuri, Norte e Rio Doce sinalizaram pela preferencia para consumo de peixes provenientes da pesca frente aos produzidos (aquacultura).
A região Central de Minas foi a mais participativa na pesquisa, respondendo por 60% dos entrevistados, com destaque para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, que contribuiu com 30% dessas respostas. Em todo o Estado, a maior participação foi de consumidores, homes e mulheres, com idade entre 31 a 50 anos, que recebem entre 4 e 6 salários mínimos e com ensino superior completo.
Como escolher peixe fresco de qualidade
O consumidor deve ficar atento às seguintes características:
– Olhos transparentes, brilhantes e salientes;
– Cheiro característico e não-repugnante;
– Brânquias avermelhadas, brilhantes, sem viscosidade (parte interna);
– Pele firme, úmida e sem manchas;
– Escamas brilhantes aderidas à pele.
Fonte: Agência Minas