Coluna da Seliane Ventura – Zona de conforto e ganhos secundários
Hora de abandonar a zona de conforto. Mas o que seria isso? A zona de conforto é o que te gera uma “falsa” segurança. São pensamentos, comportamentos e ações no qual você está habituado, que não te geram desconforto, que não te trazem risco, nem ansiedade, nem medo.
Mas quando chamo de “falsa” é porque também não vai te trazer benefício real, te mantem estagnado. Apesar da sensação de segurança, te deixa limitado, à mercê da mesmice. Em muitos casos, sonhos e objetivos ficam esquecidos por medo de ariscar, medo de agir, medo de se movimentar para alcançar o desejado.
O que acontece, é que em meio à zona de conforto, existem os famosos ganhos secundários. Que são os ganhos (momentâneos e/ou ilusórios) que se conquista com esse comportamento. Verificamos muito isso em casos de adoecimento. O paciente não busca ajuda, pois com o adoecer ele ganha alguns benefícios, como por exemplo, a atenção que sempre desejou das pessoas próximas, alguém que os paparique, alguém que volte o cuidado só para si. Mas esse ganho secundário é melhor que o bem estar de se curar do adoecimento?
Quando nos mantemos na zona de conforto, nos favorecemos com esses ganhos secundários, como por exemplo, ter alguém que tome decisões por nós. Mas são ganhos momentâneos, até porque as decisões (escolhas) nem sempre serão feitas de acordo com nossa necessidade, e sim de quem as tomou. Então, saia da zona de conforto, arrisque-se e conquiste ganhos reais.
A vida é um risco, em tudo tem chances de dar certo ou não. Mas lembre-se, se algo der errado, sempre existem outras possibilidades, outros caminhos, sendo assim, faça novas escolhas, mas faça você.
A zona de conforto, acredite, nem sempre será um conforto.
Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora