Coluna da Mislene Paiva – Infarto do miocárcio

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O infarto é uma situação grave onde uma ou mais regiões do coração sofrem um processo de necrose devido ao “entupimento” de uma artéria, muitas vezes provocado pelo acúmulo de gordura no local.

Para que você entenda melhor como ocorre o processo, vamos ilustrar a situação com o sistema de distribuição de água em sua casa. Pense na manilha por onde a água precisa passar até chegar às torneiras que você utiliza diariamente. Agora, imagine que nas paredes dessa manilha comecem a aderir placas de sujidades até que em algum momento obstruam a passagem da água e você, necessitando da água para sobreviver, não possa contar com ela. É mais ou menos assim que acontece no corpo humano. O coração necessita do sangue que traz nutrientes e oxigênio para o seu perfeito desempenho, porém, a artéria (comparada à manilha) encontra-se ocluída por placas de gordura e, como consequência, há morte de tecido do coração e este não consegue trabalhar adequadamente.




Como saber se estou infartando?

O principal sintoma de infarto é a dor no peito que pode irradiar para os braços (principalmente o esquerdo), ombro, pescoço e mandíbula. Além disso, é observado suor, palidez na pele, náuseas e desorientação.




Mas é importante que você saiba que o infarto pode ser silencioso ou apresentar outros sintomas que podem ser confundidos com outros problemas de saúde. Além dos sinais clássicos, vale atentar para dor na ”boca do estômago”, dor nas costas e no queixo, falta de ar, sensação de má digestão.

Estas situações podem ocorrer em repouso, ou seja, sem que haja qualquer esforço físico ou problema emocional. Se os sintomas persistirem por 20 minutos é necessário procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso.




O que pode ser feito para reduzir o risco de infarto?

1. Parar de fumar. O cigarro facilita a adesão das placas de gordura na artéria;




2. Controlar a pressão arterial e o colesterol. Ambos comprometem as artérias e comprovadamente o número de hipertensos que sofrem infarto é maior que os não hipertensos. Além disso, a pressão alta aumenta o trabalho do coração, agravando o quadro;

3. Controle do diabetes. O aumento da glicose no sangue é mais um fator de risco para o infarto, principalmente porque potencializa outras condições de risco como a pressão alta e o colesterol elevado;




4. Dieta. Evite frituras e alimentos gordurosos. Dê preferência às frutas, verduras e carnes magras;

5. Realize alguma atividade física regular sob orientação médica e de um profissional educador físico;




6. Evite a obesidade. Se você está acima do peso, procure um nutricionista para orientá-lo quanto ao que você deve consumir ou não para perder peso e ganhar saúde. Além de prevenir o infarto e outras doenças, você vai se sentir mais disposto. Vale tentar;

7. Se há casos de infarto ou angina em parentes próximos é importante ficar atento e procurar um cardiologista para uma avaliação preventiva.




O que fazer em caso de me deparar com alguém que apresente os sintomas?

Primeiramente, ligue para o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) no telefone 192. Tranquilize o indivíduo e evite que o mesmo faça esforço físico. Coloque-o em posição confortável, sentado, afrouxe suas roupas e garanta que esteja em ambiente ventilado. Não dê nada para beber ou comer salvo sob orientação médica.




Autora: Mislene Paiva – Enfermeira e pós-graduada em Enfermagem do Trabalho, Saúde Público e Estratégia de Saúde da Família




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