Com trabalho de presos, Seds inaugura 200 vagas em penitenciária de Juiz de Fora
Um anexo com capacidade para 200 presos do regime semiaberto será inaugurado ainda este ano na Penitenciária José Edson Cavalieri (Pjec), em Juiz de Fora. Das 30 pessoas empregadas na construção, 20 são detentos da própria penitenciária. O investimento na obra e no mobiliário é de R$ 700 mil, provenientes de multas pecuniárias aplicadas pela Justiça local.
O juiz da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Juiz de Fora, Daniel Reche da Mota, diz que a ampliação da Pjec traz grandes benefícios para a sociedade. Ele explica que o anexo é destinado aos presos que trabalham fora durante o dia e retornam à penitenciária para dormir. Com a nova edificação, eles não terão mais contato visual com presos do regime fechado.
“Esses presos estão em uma transição para o regime aberto, por bom comportamento. O local é uma forma de dizer a eles que foi importante cumprir a pena em todas as suas etapas”, explica o juiz.
O anexo será dividido em alojamentos, dotados de banheiros com água quente nos chuveiros, sala de convivência, televisão, sofá e mesas. O diretor-geral da penitenciária, Daniel Luiz da Silva Nocelli, diz que as novas instalações do regime semiaberto favorecem o trabalho dos agentes penitenciários e contribuem para a humanização na execução penal.
“Além de agilizar a entrada e saída diárias de 200 presos, sem comprometer a segurança, os presos terão um ambiente mais ameno nos últimos meses no cárcere”, avalia Nocelli.
Mão de obra
No canteiro de obras, predominam os uniformes vermelhos da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). Um dos presos engajados é Samuel Bracelotti Matheus, de 25 anos. Ele deverá ganhar o livramento condicional em janeiro e por isso vai passar pouco tempo no alojamento que está ajudando a construir. Mas não deixa de se alegrar pelos presos que têm meses e até anos de pena a cumprir no semiaberto.
É o caso do colega de trabalho João Paulo Almeida de Paula, de 24 anos. “Além de construirmos o local onde vamos dormir e passar os fins de semana, ganhamos experiência profissional, remissão de pena e remuneração”, diz o detento.
Fonte: Seds MG