Coluna da Seliane Ventura – TOC – Transtorno Obsessivo-compulsivo

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Quem não costuma ouvir de um amigo, familiar ou no trabalho: “Fulano tem TOC”? Ouvimos muito essa frase em contextos diversos. Isso acontece, às vezes por excesso de perfeccionismo ou insegurança gerada pela distração, como por exemplo, voltar para conferir se fechou a porta, organizar gavetas, gostar de ambientes limpos. Mas isso não é adoecimento.

Então, o que seria o TOC? O TOC é um transtorno, transtorno obsessivo-compulsivo que envolve obsessões ou compulsões recorrentes, muito graves que podem causar grande sofrimento. Esse transtorno interfere, de forma significativa, na vida profissional, social e afetiva do indivíduo (SADOCK E SADOCK, 2007).




O que isso significa? Significa que a obsessão é uma ideia, sentimento, pensamento ou sensação recorrente, ou seja, um acontecimento mental. Já a compulsão é uma ação comportamental consciente, ou seja, o ato de fazer algo repetidamente (SADOCK E SADOCK, 2007).

A pessoa pode apresentar obsessão, compulsão ou as duas, mesmo dando conta de que suas ações são irracionais, ela não consegue evitar o comportamento indesejável, pois acredita que se não fizer a ação algo de terrível irá acontecer a ela ou às pessoas queridas, está ligado a sentimento de morte.




Aí está a diferença entre perfeccionismo e distrações para o TOC, o não fazer algo (repetidamente) gera grande medo de que alguém (ou ela mesma) possa morrer, adoecer ou se machucar. O que gera muita ansiedade.

A ansiedade está associada à obsessão e o ato compulsivo consiste em amenizá-la, porém nem sempre existe êxito. A realização do ato compulsivo, ao invés de diminuir a ansiedade, pode aumentá-la, já que se torna um ciclo vicioso.




Os pensamentos podem ser diversos, assim como os comportamentos. Por essa razão, o diagnóstico deve ser diferenciado, pois existem vários tipos de obsessões e compulsões. Por exemplo, no caso da obsessão, os sintomas mais comuns são preocupação ou nojo com excreções ou secreções do corpo, pânico, medo da morte, de incêndio, de doença, preocupações religiosas excessivas, pensamentos ou impulsos sexuais proibidos ou perversos. Já nas compulsões os sintomas são lavar as mãos, tomar banhos compulsivos, rituais de repetição (sair e entrar pela porta, conferir portas, fechaduras, e trava de carros), limpeza para evitar que se contamine com impurezas, guardar objetos e colecionar (SADOCK; SADOCK).

Alguns tratamentos apresentados para o TOC são: terapia comportamental, psicoterapia e terapia familiar, além de medicamentos. Das terapias, as que apresentam melhores resultados são as comportamentais, nesses casos, por se focarem nos sintomas, mas outras psicoterapias também trazem resultados, porém com um pouco mais de tempo, segundo estudos.




TOC é um transtorno que gera muito sofrimento, necessitando de acompanhamento e apoio familiar, por essa razão as terapias de famílias se fazem auxiliares.

Atenção, amor e compreensão são sempre ferramentas imprescindíveis em todo tratamento.




Fiquem atentos aos sinais e se esses estão associados a sentimentos de morte e cuidado para não taxarem as pessoas com supostos adoecimentos que não existem, tudo deve ser analisado com cautela para se chegar e um diagnóstico.

Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora




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