Captação de medula óssea tem adesão de 399 mil candidatos em Minas Gerais

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Campanha Hemominas




Com a implementação da campanha “Doe Esperança, Doe Vida em Vida” e o envolvimento de outros setores da sociedade, a Fundação Hemominas está obtendo considerável incremento no número de doadores de medula óssea no Estado. Entre 2000 e 2012 a instituição inscreveu 399.033 pessoas no Cadastro Nacional de Medula Óssea (Redome), mantido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

As campanhas são desenvolvidas em municípios que não possuem postos de coleta de sangue, em empresas públicas e privadas, em estabelecimentos de ensino e em 20 centros de coleta de sangue mantidos pela Hemominas.




Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que produz os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação, os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo, e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue. O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para pessoas com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue como leucemias e linfomas, entre outras doenças.

Em Minas Gerais, o cadastramento de candidatos a doadores de medula óssea é feito pela Fundação Hemominas. Nas demais regiões do país, o trabalho também está sob a responsabilidade dos hemocentros públicos. Os exames complementares e a captação de medula óssea são realizados no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte. As despesas de transporte, acomodação e alimentação do doador e do acompanhante são pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).




De acordo com a gerente de captação e cadastro de doadores da Fundação Hemominas, Heloísa Gontijo, o trabalho da instituição no sentido de conscientizar a população para a necessidade de fazer o cadastro para doação de medula óssea tem alcançado bons resultados. Atualmente, 10% dos 3,3 milhões de doadores de medula óssea inscritos no país são de Minas Gerais.

Apesar dos bons resultados que vêm sendo obtidos pelas campanhas realizadas em empresas e escolas, bem como nos centros de coleta de sangue, Heloísa Gontijo alerta para a necessidade da continuidade dos trabalhos, a fim de que haja manutenção do sistema de cadastramento mantido pelo Inca. “Anualmente, o Estado precisa cadastrar 30,8 mil novos doadores. No primeiro trimestre deste ano, foram cadastradas 6,6 mil pessoas”, informa.




Segundo a gerente, para alcançar a meta anual, até o final do ano serão realizadas novas campanhas de cadastramento em todo o estado. Em cada campanha são cadastrados, em média, 200 novos doadores de medula óssea. Nesta semana, a Fundação Hemominas intensificou trabalho de captação de doadores no município de Rio Manso, na região Central. Para junho estão previstas novas ações em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), e no município de Ilicínea, no Sul de Minas.

Para os doadores os riscos são praticamente inexistentes. Apenas 10% da medula óssea são retirados e, dentro de poucas semanas, a medula doada é recomposta pelo organismo. Já a pessoa que vai receber a medula óssea doada passa por tratamento de quimioterapia, que destrói sua própria medula. A partir desse procedimento, a pessoa recebe a medula óssea doada por meio de transfusão. Em duas semanas, a medula óssea transplantada já estará produzindo células novas.




Como funciona o cadastro de doadores de medula

Para integrar o cadastro de doadores, é necessário que a pessoa tenha entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresente doenças como as infecciosas ou hematológicas. Antes de se cadastrar, os potenciais doadores recebem informações sobre o processo de doação e deve apresentar documento oficial de identidade, com foto; preencher alguns documentos e colher uma amostra de aproximadamente cinco mililitros de sangue.




Na amostra de sangue do candidatado à doação de medula óssea é realizado o exame Antígenos Leucocitários Humanos (HLA). Esse exame determinará as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. O tipo de HLA será registrado no Cadastro Nacional de Medula Óssea (Redome), vinculado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A partir do cadastro dos doadores há um cruzamento de dados entre o resultado de compatibilidade do doador cadastrado no Redome e o do paciente, informação que fica armazenada no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme).




Se o candidato for considerado compatível com um paciente, ele será consultado, mais uma vez, para decidir sobre a doação. Com a confirmação do doador, outros testes sanguíneos serão feitos para confirmar a compatibilidade. Em seguida, o candidato passa por rigorosos exames para avaliação da sua saúde e, se tudo der certo, ele se tornará um doador.

Para coleta da medula de um doador há duas formas básicas: punções no osso da bacia, por meio de agulhas especiais, sob efeito de anestesia. Nesse caso, os doadores passam por um pequeno procedimento cirúrgico, de aproximadamente 90 minutos. Outro procedimento que pode ser adotado é a aférese (procedimento que coleta componente específico do sangue, por intermédio de uma máquina), que se assemelha a uma doação de sangue, não necessitando de internação nem aplicação de anestesia no doador.




A escolha sobre o tipo de coleta não é uma decisão do doador ou do paciente, mas sim uma indicação médica, de acordo com o tipo de patologia ou diagnóstico do paciente, segundo a Fundação Hemominas.

A chance de encontrar um doador compatível entre irmãos, filhos de mesmo pai e mesma mãe é estimada em 25% a 30%, aproximadamente. Entre pessoas não aparentadas, essa possibilidade pode chegar a um para 100 mil candidatos cadastrados. Desta forma, quanto mais candidatos cadastrados, maiores as chances de se encontrar o doador ideal para os pacientes que precisam de transplante.




Confira os endereços da Fundação Hemominas onde é possível se cadastrar como doador de medula óssea

– Além Paraíba: Rua Felizardo Esquerdo, 21 – (32) 3462-4597
– Belo Horizonte: Região Central – Alameda Ezequiel Dias, 321 -(31)3248-4515/ 3248-4516 – Região do Barreiro – Avenida Dr. Cristiano Resende, 2.505 – (31) 3390-8014
– Betim: avenida Salvador Gonçalves Diniz, 191 – (31) 3595-1010
– Diamantina: Rua da Glória, 469 – (38) 3532-1354
– Divinópolis: Rua José Medesff, 221 – (37) 3222-1344
– Governador Valadares: Rua Rui Barbosa, 149 – (33) 3271-6600
– Ituiutaba: Avenida 5ª, s.n° (c/ 38, nº 40) – (34) 3269-0005
– Juiz de Fora: Rua Barão de Cataguazes, S/N – (32) 3257-3114
– Manhuaçu: Rua Frederico, 289 – (33) 3331-1021
– Montes Claros: Rua Urbino Viana, 640 – (38) 3218-7814
– Passos: Rua Dr. José Lemos Barros, 313 – (35) 3522-4202
– Patos de Minas: Rua Major Gote, 1.255 – (34) 3822-9646
– Poços de Caldas: Avenida José Remigio Prezia, 303–(35)3712-9012/3712-9015
– Ponte Nova: Rua Carlos Gomes, 17 – (31) 3817-7321
– Pouso Alegre: Rua Comendador José Garcia, 825 – (35) 3422-9277
– São João del-Rei: Rua Prefeito Nascimento, 175 – (32) 3371-3389
– Sete Lagoas: Avenida Dr. Renato Azeredo, 3.170 – (31) 3774-5074
– Uberaba: Avenida Getúlio Guaritá, 250 – (34) 3312-5713
– Uberlândia: Rua Levino de Souza, 1.845 – (34) 3222-8801

Fonte: Agência Minas

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Um Comentário

  1. Gostei muito da materia! mas pq nossa cidade nao existe local para cadastro de doador de medula ossea se temos local de coleta de sangue? Nao consigo entender isso!!!

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