Comerciantes cogitam abandonar Rua Santa Rita durante obras
Recentemente, a divulgação de que a Rua Santa Rita será fechada para obras na rede pluvial assustou moradores e comerciantes do endereço. A possibilidade do local ser interditado por até 14 meses gera preocupação nos proprietários de lojas, uma vez que, sem o movimento de veículos, a perspectiva para as vendas é péssima.
A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Obras, realizou algumas reuniões com moradores e comerciantes do local para explicar como seriam feitos determinados procedimentos. Na última delas, em 17 de abril, chegou-se a cogitar a hipótese de fechar a rua já no dia 15 de maio. Porém, diante da não liberação da verba para a obra, através da Caixa Econômica Federal, o prazo foi adiado e ainda não tem data estipulada para acontecer.
Mesmo com a promessa de que os problemas de alagamentos de todo o Complexo Santa Rita serão solucionados, praticamente todos os comerciantes se veem em uma situação complicada. Sem trânsito de veículos na via, eles já estudam o tamanho dos prejuízos que terão durante as obras e cogitam inclusive sair do local.
Um dos comerciantes do local falou ao Jornal de Muriaé e criticou a postura da Prefeitura a respeito do assunto. “As reuniões têm sido muito superficiais. Primeiro falam algumas datas e depois modificam novamente. Essa demora na definição atrapalha ainda mais o nosso planejamento, que já está prejudicado”, disse o homem, que preferiu não se identificar.
Sair do local que sempre abrigou o comércio também não é descartado pelos empresários. “Tenho mais de R$ 10 mil em custos todo o mês, com aluguel do ponto, contas de água e luz, pagamento de funcionários e outros. A maioria dos meus clientes vem até aqui de carro. Não vai dar para ficar no prejuízo durante as obras. Se as coisas realmente acontecerem da forma como vêm sendo anunciadas, mudar de local vai ser uma realidade não só para mim, mas para muitos comerciantes daqui”, explicou.
Outro comerciante, que comprou um negócio no local há pouco tempo, também já cogita a hipótese de mudança. “Já deixei o dono do ponto de sobreaviso. Se o prejuízo for muito grande, vamos sair”.
Procurada pela reportagem, a secretária municipal de Obras, Miriam Facchini, não foi encontrada para comentar o assunto.
Fonte: Jornal de Muriaé
Como sempre a prefeitura e seus administradores nunca estão para responder os questionamentos que são vitais para a população e principalmente para a cidade