Secretaria de Estado Meio Ambiente apresenta diagnóstico da Zona da Mata

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Zona da Mata de Minas Gerais




O secretário de Estado Adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Danilo Vieira Junior, apresentou nesta segunda-feira (22), durante a 100ª Reunião Ordinária da Unidade Regional Colegiada (URC) Zona da Mata do Conselho Estadual de Política Ambiental, realizada em Ubá, diagnóstico ambiental da região. “A Superintendência Regional de Regularização Ambiental Zona da Mata, por meio de sua equipe técnica, recebe e analisa pedidos de licenciamento ambiental de 156 municípios da região, que são responsáveis por 7,5% do Produto Interno Bruto mineiro”, destacou o secretário.

De acordo com Vieira Junior, 45% dos empreendimentos regularizados neste ano estão voltados para atividades agrossilvipastoris, 22% para a indústria alimentícia, 22% para a mineração e os demais para outras tipologias. Na questão dos resíduos sólidos urbanos, a Zona da Mata apresenta média superior à mineira, com 61% da população atendida por disposição adequada de seus resíduos, contra 56% de média estadual. “Avançamos muito ao longo dos anos, mas a Zona da Mata ainda é a quarta região com o maior número de lixões, o que evidencia a necessidade de se manter e se intensificar as políticas públicas e parcerias para a melhoria desse indicador”, afirmou.




Em relação à qualidade das águas, o secretário frisou que, de acordo com o Mapa de Qualidade das Águas, divulgado anualmente pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), nas bacias da Zona da Mata prevalece o Índice de Qualidade das Águas (IQA) Médio. Segundo ele, isso mostra a necessidade dos municípios investirem cada vez mais no saneamento e no tratamento de esgoto. “Sabemos que as obras de saneamento custam caro e não são rápidas, por isso assombram os administradores dos municípios mineiros, mas ela deve ser um tema tratado com prioridade, pois isso se reflete na saúde pública”, avaliou.

Vieira Junior lembrou que já foi publicado, em maio deste ano, edital do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais (Fhidro), que prevê investimentos de R$ 20 milhões em programas e projetos voltados para prevenção e mitigação de cheias, convivência com a seca e mitigação da escassez hídrica, recuperação de nascentes, áreas de recarga hídrica, saneamento, entre outras áreas. Podem ser inscritos, ainda, estudos diagnósticos e pesquisas para o desenvolvimento tecnológico e adaptação de aplicativos e plataformas de monitoramento voltado para gestão e preservação de recursos hídricos,s impactos de mudanças climáticas nos recursos hídricos, previsão de tempo e clima, monitoramento hidrometeorológico e hidrossedimentométrico, físico, químico e biológico dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos e capacitação técnica ambiental e em recursos hídricos. As inscrições podem ser feitas até 20 de agosto pelo site do Igam (www.igam.mg.gov.br/fhidro).




O secretário falou ainda sobre a gestão das Unidades de Conservação localizadas na região, administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). “Temos áreas de preservação importantes na Zona da Mata, como o Parque Estadual Serra do Brigadeiro e o Parque Estadual do Ibitipoca, que foi considerado o terceiro melhor parque da América Latina pelo Traveller’s Choice do site de viagens TripAdvisor”, lembrou

Modelo participativo




Outro ponto destacado pelo secretário foi a relevância do modelo colegiado e participativo, que permitiu a análise e o julgamento de cerca de 900 processos de licenciamento ambiental na região ao longo dos últimos dez anos, 26 deles no primeiro semestre de 2013. A URC Zona da Mata é responsável pelo julgamento dos pedidos de licença ambiental de empreendimentos que causem alterações no meio ambiente.

Durante a abertura do evento, Vieira Junior agradeceu a todos os envolvidos com as questões ambientais na região e falou da importância simbólica do evento. “É um marco importante, pois é fruto da consolidação de um modelo regionalizado, que trabalha o licenciamento ambiental com a participação de representantes da região e que trouxe muitas contribuições para Minas Gerais”, afirmou. Segundo o secretário, a URC é o fórum adequado para a tomada de decisões. “Essa metodologia trouxe o problema para perto de quem entende dele e é capaz de fazer os apontamentos necessários para solucioná-lo”, finalizou.




Fonte: Agência Minas




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