Muriaé em estado de alerta para dengue, zika e chikungunya
O combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya, foi intensificado em Muriaé. As ações desenvolvidas pela Prefeitura, que incluem mutirões casa a casa, inspeção de imóveis e mobilizações populares em praças já a partir desta semana, acontecem como resposta imediata ao último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), feito entre os dias 15 e 19 de janeiro. O objetivo é reduzir os focos do inseto em toda a cidade e promover mais saúde e qualidade de vida para os muriaeenses.
Com a chegada do período mais propício à proliferação do mosquito, iniciado em outubro, o índice de 2,9 já era esperado. A boa notícia é que, embora o número registrado seja classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como indicativo de alerta, os dados mostram que a situação está mais controlada aqui do que em diversas outras cidades de Minas Gerais. Enquanto em Muriaé o LIRAa subiu de 0,9 para 2,9, Pará de Minas registrou alta dos mesmos 0,9 para 5,5. O aumento também pôde ser conferido em localidades da região, como Juiz de Fora (de 0,7 para 3,9), Ubá (de 3,8 para 8,2) e Viçosa (de 1,5 para 3,7). Vale lembrar que o índice considerado satisfatório pela OMS é de no máximo 1.
Os números comprovam ainda que a Prefeitura já havia ampliado as ações de combate ao Aedes aegypti na última primavera. Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que foram realizadas 60.251 inspeções domiciliares entre outubro e dezembro de 2017 – quase o dobro em relação ao mesmo período do ano anterior. O número de mobilizações com atividades educativas e de conscientização também subiu, passando de 20 para 32. Foram promovidos ainda cursos de capacitação para agentes de controle de endemias e supervisores, além de reuniões para planejamento de estratégias.
Inverno atípico pode ter provocado aumento da proliferação do mosquito Aedes
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental da Prefeitura de Muriaé, Carla Morcerf, mesmo com a intensificação das atividades de combate ao longo de 2017, o crescimento do índice pode ter ocorrido em virtude do clima atípico verificado na região durante boa parte do ano passado. “O último inverno foi mais rigoroso que o normal, com temperaturas baixas sendo registradas entre os meses de abril e agosto. Algumas espécies podem ter sentido o fator climático como um risco para a perpetuação, e isso ter provocado, a partir do momento em que o clima ficou quente outra vez, uma maior proliferação não apenas do mosquito Aedes aegypti, mas também de pernilongos comuns, de gigogas aquáticas e de animais roedores”, explica.
Fonte: PMM