SES alerta para importância de dieta sem glúten para tratamento da doença celíaca
A doença celíaca é uma doença autoimune caracterizada pela intolerância permanente ao glúten, proteína presente em alimentos como trigo, cevada e centeio. Ela pode se manifestar em crianças, adultos e idosos, sendo uma dieta totalmente isenta de glúten o único tratamento possível para o doente.
Tendo em vista a importância do diagnóstico correto e de uma alimentação especial para os celíacos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais é parceira do 1º Viva Sem Glúten, evento que acontece em Juiz de Fora entre os dias 7 e 9/11, e que tem como objetivo sensibilizar a população e profissionais da saúde sobre a doença. Durante o encontro, serão ministradas palestras e oficinas culinárias, além da primeira Cozinha Sem Glúten do Brasil e da 1ª Exposição de Produtos Sem Glúten de Minas Gerais.
A ingestão de glúten por celíacos causa inflamação e reação imunológica no intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes essenciais ao organismo, como carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água. De acordo com a referência técnica da Coordenação de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Juliana Cristina Diniz Guimarães, a doença celíaca pode ser silenciosa ou apresentar sintomas isolados, sendo de grande importância o diagnóstico correto. “Diversos sintomas estão relacionados à doença, entre eles a diarreia crônica e a anemia. Por se tratar de uma doença com caráter hereditário, também é indispensável que parentes de primeiro grau de celíacos façam exames para sua detecção”, afirma.
Entre os principais sintomas da doença celíaca estão diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso, prisão de ventre crônica, dor abdominal, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos, anemia, diminuição do tecido celular subcutâneo e atrofia da musculatura glútea. Entre as manifestações isoladas de sintomas estão baixa estatura, osteoporose, mancha nos dentes, esterilidade, abortos de repetição e doenças neurológicas.
Dieta sem glúten
O único tratamento para o celíaco é seguir a dieta sem glúten pelo resto da vida. “A pessoa que tem a doença celíaca deve excluir alimentos que contenham trigo, centeio, cevada e aveia. Ela pode, por exemplo, fabricar seu próprio pão, sem a farinha de trigo que contém glúten”, afirma Juliana Guimarães.
Entre os alimentos proibidos estão farinha de trigo, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos, pães e todos os derivados de alimentos com glúten. Entre os alimentos liberados estão os cereais (arroz e milho), farinhas de mandioca, milho, fubá e arroz, frutas, laticínios (leite, manteiga, queijos), hortaliças e leguminosos (feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca), gorduras (óleos e margarinas), carnes e ovos. Em alguns casos os celíacos podem ser intolerantes também à lactose, sendo necessário exame clínico para determinar o diagnóstico. Com a dieta correta, há normalização da mucosa intestinal e das manifestações clínicas.
Fonte: SES-MG