Morre cabeleireira vítima de feminicídio durante o carnaval
Após ficar três semanas em coma, morreu na madrugada desta segunda-feira (25) a cabeleireira Cristiane Werneck, de 35 anos.
Ela foi agredida durante horas pelo companheiro, o porteiro Giovani Jefferson de Souza, preso temporariamente pela Polícia Civil, no início do mês, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Com a morte da vítima, o porteiro passa a responder por homicídio qualificado por feminicídio.
A cabeleireira sofreu traumatismo craniano, lesões por todo o corpo e perdeu os dois rins, no espancamento que a colocou em coma, no carnaval. Após a sessão de agressão, Giovani ligou para a filha da vítima, de 21 anos, que resgatou a mãe, em casa.
Cristiane ficou internada no Hospital de Irajá, na zona norte, e seu corpo será encaminhado ao Instituto Médico-Legal. A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher conduz o caso e aguarda o laudo da necrópsia para concluir a investigação. O inquérito está baseado no depoimento de testemunhas.
O assassinato de Cristiane pelo companheiro não é um caso isolado. Dados mais recentes do Instituto de Segurança Pública do estado mostram que 65,8% dos feminicídios em 2017 têm os companheiros ou ex-companheiros como algozes. A casa é o local onde mais tentativas de feminicídios foram registradas, 76%.
Em 2018, as delegacias do estado do Rio registraram 70 feminicídios consumados e 288 tentativas. Já em 2017, foram 68 mortes e 187 tentativas de feminicídio, um crime de ódio praticado contra mulheres.
Fonte: Agência Brasil