Desaparecidos de Tombos: pai pode ter matado filho para “se livrar” da criança, que tinha paralisia

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, na última sexta-feira (22), Aislan Souza e Silva, de 29 anos, suspeito de matar Fiama Antônia de Freitas Machado, 25, e o filho de ambos, David Lucca Silva Machado, de 1 ano e 9 meses.

Fiama estava desaparecida desde 9 de setembro deste ano. Ela tinha saído de Tombos e seguia para Belo Horizonte, de carona com Aislan, trazendo o filho David Lucca para uma consulta médica.




A família só registrou o desaparecimento em 29 de outubro, um mês e 20 dias após o fato, ludibriada por mensagens de texto que chegavam regularmente por aplicativo de smartphone, quando, na verdade, tratava-se do suspeito, se passando por Fiama, com fins de dificultar e atrasar as investigações.

No dia 7 de novembro, após contato da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), a família autorizou a divulgação da imagem de Fiama, encaminhando fotos da ausente.




No dia 10 de setembro, um dia após o desaparecimento da mulher, um corpo parcialmente carbonizado foi encontrado às margens da rodovia BR-040, próximo ao km 588. À época, a DRPD já averiguava se aquele corpo, com aquelas características, pertencia ao quadro de pessoas desaparecidas da Divisão.

Com as fotografias da desaparecida disponíveis desde 7 de novembro, em análise comparativa visual, suspeitou-se que aquele corpo carbonizado pudesse ser o de Fiama. Posteriormente, no dia 20 de novembro, o laudo papiloscópico confirmou a identidade do cadáver como sendo o de Fiama.




Após a prisão, Aislan confessou à Polícia Civil que no mesmo dia em que matou Fiama, jogou a criança em uma mata, próximo a uma estrada de terra às margens do km 584 da BR-040, em local diverso de onde assassinou a mãe.

– A nossa busca incessante é sempre localizar os desaparecidos com vida, mas infelizmente nem sempre é possível. Quando nos deparamos com um crime dessa magnitude, a resposta tem que ser imediata, nos termos da Justiça – destaca a Delegada Maria Alice Faria.




Motivação para o crime e como vítimas foram mortas

Durante coletiva de imprensa, a Polícia Civil deu detalhes sobre o crime. A possibilidade de que o homem tenha cometido o crime para “se livrar” do bebê não é descartada. O menino tinha paralisia cerebral e os pais tinham conflitos em relação à revisão de pensão alimentícia.




O casal teve uma discussão a caminho da capital mineira. Em determinado momento, o autor pegou um canivete que estava dentro do carro e esfaqueou Fiama no pescoço. Ele acreditou que ela estava morta e tirou o corpo do carro, jogou gasolina e ateou fogo.

Dentro do carro, o filho passou mal por várias vezes, teria tido crises de convulsão e chegou a ficar desfalecido. Após ter colocado fogo no corpo de Fiama, o autor andou por mais cinco quilômetros até entrar em uma estrada vicinal. O homem tirou o filho do veículo, subiu um barranco e o jogou em uma mata.




Fonte: Guia Muriaé, com informações da PCMG




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