Policiais mineiros aprovam paralisação e cobram reajuste de salários
Servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros aprovaram o estado de greve até que o governador Romeu Zema (Novo) encaminhe um projeto de lei para garantir a recomposição salarial das categorias.
A manifestação teve início por volta das 9h, na praça da Estação, e os policiais militares, civis e penais do Estado seguiram em passeata até a praça Sete e, depois, à sede do Legislativo mineiro.
O ato reúne milhares de pessoas, não só integrantes das forças policiais que atuam em Belo Horizonte. Cerca de cem ônibus vindos de cidades do interior desembarcaram na capital mineira na manhã desta segunda.
Os policiais pedem, ao Governo de Minas, a recomposição salarial referente aos efeitos da inflação desde 2019, ano em que o governador Romeu Zema (Novo) assumiu o Palácio Tiradentes.
Mais cedo, o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT), que está presente nos protestos, disse que o diálogo com o Executivo não ocorre desde 2019. O parlamentar recorda que o governo estadual não cumpriu um acordo feito em 2020, que previa um aumento de 41%, dividido em três parcelas. Um projeto de lei foi enviado para a Assembleia mas, mais tarde, a gestão Zema desistiu do reajuste oferecido e só pagou a primeira parcela, que previa aumento de 13% nos salários das categorias.
“O governo está a par da reivindicação, temos falado com o governo através do secretário Igor Eto. A nossa reivindicação é conhecida desde 2019. O governo atendeu em 2019, mas ele vetou as duas parcelas. Portanto, a nossa reivindicação é que o governo cumpra o acordo feito em 2019, de garantir as duas parcelas que faltam e que está assinado em ata”, afirmou o subtenente Gonzaga.
Resposta
Em entrevista, o secretário-geral do Governo de Minas, Mateus Simões (Novo), disse que o Estado busca alternativas para garantir o reajuste para os membros da força de segurança. Ele também disse que o ato desta segunda-feira é “legítimo”.
“A gente reconhece que houve uma perda do poder de compra dos servidores como um todo, dos policiais especialmente que não houve recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel). Mas, infelizmente, a questão não é um reconhecimento desse direito. É a falta de condições do Estado, diante das liminares do STF, de conceder esse reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas”, diz o secretário, que considera o ato desta segunda-feira (21) legítimo.
O Governo de Minas também se manifestou por meio de nota e diz manter diálogo aberto com todas as categorias.
Fonte: Rádio Itatiaia