Coluna do Carlos Cerqueira – Fitoterapia e qualidade de vida

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Desde que o Ministério da Saúde publicou uma lista de 71 espécies vegetais viáveis ao consumo humano, para tratamento de doenças e com eficácia comprovada, novas plantas vem sendo acrescentadas.

Segundo Kátia Torres, técnica do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério, para compor a lista, escolheu-se espécies de todos os biomas brasileiros e a intenção é incentivar não só o uso delas, como novas pesquisas para ampliar o conhecimento nessa área.




Entre os exemplos encontrados na lista, vale citar alguns:

* Arnica – Uso externo como anti-inflamatória e em traumatismos;
* Alfavaca – Prisão de ventre, aftas, bronquite e gripes fortes, além de ser boa para os rins;
* Camomila – Ação antibacteriana, analgésica, calmante e auxilia a regular a pressão arterial;
* Calêndula – Antialérgica;
* Confrei – Externamente combate micoses e é cicatrizante;
* Romã – Anti-inflamatória e antibacteriana;
* Melissa – Calmante e auxiliar no tratamento da insônia;
* Gingko biloba – Age no combate a racicais livres, aumenta a irrigação cerebral e diminui o risco de ataque cardíaco;
* Espinheira santa – Contra distúrbios gástricos;
* Mulungu – Sedativo, amenizando problemas de asma;
* Barbatimão – Age no combate a gastrite e úlceras e também tem ação anti-inflamatória;
* Transagem – Anti-inflamatória e depurativa;
* Castanha-da-índia – Para o tratamento de varizes e hemorróidas agindo também sobre o sistema cardiovascular).




Podemos ver que, muitas das plantas descritas acima, encontramos na tradição popular, o que mostra que a experiência dos nossos avós tinha fundamento. Não é difícil achar alguém que já foi orientado pela mãe a fazer um gargarejo com romã para inflamação na garganta, ou dar um chazinho de camomila para acalmar as cólicas do bebê, ou ainda, passar um preparado de arnica no local que foi machucado numa pancada.

Contudo, é importante ressaltar, como disse o professor Francisco Matos, criador do programa Farmácias Vivas, que objetiva cultivar e dispensar fitoterápicos à população: “o emprego para fins terapêuticos de forma coerente requer o uso de plantas medicinais selecionadas considerando sua eficácia e segurança terapêuticas, aliando a tradição popular com a validação científica, para chegar a uma escolha das formas corretas de preparação e administração dos produtos finais”.




Essa interface da ciência com a tradição popular em relação ao uso das plantas medicinais está cada vez mais comum, visto que, para os pesquisadores, há um adiantamento nos estudos preliminares quando já se têm indícios das atividades farmacológicas, indícios estes que são fornecidos por comunidades que se utilizam das ervas para seus chás terapêuticos.

Felizmente o abandono que a fitoterapia (tratamento com plantas medicinais) sofreu com o surgimento dos medicamentos sintéticos, não foi suficiente para que se perdesse totalmente e, agora, está cada vez sendo mais resgatado e melhorado os benefícios de nossas plantas na busca de mais saúde para todos.




Autor: Carlos Cerqueira Magalhães – Farmacêutico, M.e em Ciências Farmacêuticas (Produtos Naturais Bioativos) pela UFJF




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