Como ficará a inadimplência pós covid-19?
As expectativas não são animadoras, e o motivo é muito claro, o desaquecimento da economia, ou seja, as lojas fechadas, vão impedir o fluxo de recursos, o fluxo de dinheiro, o que resultará em última análise no aumento dos níveis de inadimplência.
A mecânica é muito simples, as lojas não estão faturando, não tem dinheiro entrando, os profissionais autônomos não estão exercendo suas atividades, assim não se tem entrada de dinheiro, mas os compromissos, as responsabilidade continuam vindo em forma de aluguel, escola dos filhos, compras de supermercados, assinatura de tv a cabo e inúmeras outras.
Acontece uma matemática muito simples, a pergunta é quanto tempo cada pessoa ou empresa aguenta arcar com seus compromissos tendo suas receitas reduzidas ou zeradas. A conta é a quantidade de dinheiro guardada, dividida pelo custo fixo mensal, assim pessoas e empresas vão descobrir a quantidade de meses que é possível viver antes de se tornar inadimplente, antes de faltar dinheiro.
Assim sendo, em um dado momento vão iniciar as inadimplências, ou seja, pessoas e empresas terão muita dificuldade em arcar com seus compromissos. Obviamente que o Governo e os bancos têm anunciado inúmeras medidas, tais como empréstimos com menores taxas e renegociação de prazos.
Desta forma, neste momento, fica a dica para qualquer empresa, em especial as micros e pequenas empresas que tendem a ser mais frágeis, a dica é: REDUZA AO MÁXIMO A VENDA A PRAZO, A CADERNETA, A ANOTAÇÃO, tente zerar esta modalidade.
Neste momento não existe cliente bom ou ruim, existirá cliente com capacidade de pagamento e sem capacidade de pagamento, clientes inadimplentes não por maldade ou intenção, mas porque o momento econômico os levou a esta dada situação, muitos terão interesse em arcar com os respectivos compromissos, mas não saberão de que forma ou quando, e nem sempre sua empresa poderá esperar pelo momento de receber.
Só uma única coisaé pior do que não vender, É VENDER E NÃO RECEBER!
Pois nesta segunda hipótese a sua empresa perde também o produto e o cliente, assimo prejuízo é bem maior do que não vender, faz sentido?
Neste momento devemos reduzir ao máximo as vendas a prazo, em especial com cadernetas ou outros meios de difícil cobrança, priorize as vendas a vista ou no cartão de crédito, pense na saúde financeira de seu negócio.
A prioridade agora é realizar vendas saudáveis, vendas que realmente representem entrada de recursos no caixa da empresa, senão melhor não vender e manter a mercadoria em estoque ao invés de perde-la.
Temos um belo desafio pela frente, seremos todos vitoriosos! Vamos juntos!
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Autor: José Júnior Lima – Advogado, Contabilista e Administrador
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