Coluna da Mislene Paiva – Síndrome mão-pé-boca
Parece estranho, não é? Mas sim, existe uma enfermidade com este nome. A sídrome mão-pé-boca acomete principalmente crianças abaixo de 10 anos. É caracterizada por feridas no interior da boca e nos lábios seguida de pequenas bolhas nas mãos e pés que podem ser dolorosas e provocarem prurido (coceira). Em algumas crianças podem aparecer no troco, coxas e nádegas [1]. Além disso, a criança pode apresentar febre, falta de apetite e estar desanimada para as atividades comuns.
É uma patologia causada por um vírus, conhecido como Coxsackie e a transmissão e ocorre de pessoa a pessoa através do contato direto com saliva, fezes, fluidos contidos no interior das bolhas e indiretamente pelo contato com objetos contaminados.
Mas, não se desespere. A síndrome mão-pé-boca é considerada benigna e raramente evolui com complicações. Não existe vacina contra a doença e, em geral, os sintomas desaparecem após alguns dias mas pode ser necessário o uso de medicamentos para aliviá-los. Portanto, no casa da criança aparecer com manchas avermelhadas na boca ou feridas, acompanhadas ou não por febre, fique atento.
Recomenda-se repouso e hidratação. Alimentos pastosos são mais fáceis de engolir e trazem mais conforto para a criança. Evite alimentos ácidos e muito condimentados porque aumentam a dor. Outro cuidado importante é a higiene adequada das mãos das crianças e de seus cuidadores antes e após a higiene pessoal, alimentação, etc.
[1] Cristovam MAS, Osaku NO, Gabriel GFCP, Rodrigues SPSG, Pompeu CB, Pires TG. Síndrome mão-pé-boca: relato de caso. Rev. Med. Res., Curitiba, v.16, n.1, p. 42-45, jan./mar. 2014.Autora: Mislene Paiva – Enfermeira e pós-graduada em Enfermagem do Trabalho, Saúde Público e Estratégia de Saúde da Família