O iminente óbito do ato de escrever
Por Prof. Nathan Valentim, graduado em Letras-Literatura, membro da AILB, membro da NALAP e membro da ALTO
Há quem duvide, mas o antigo hábito de escrever está desaparecendo aos poucos. Sabe-se que desde do avanço da tecnologia, muita coisa mudou, é poético reviver que ” toda mudança é boa ” ( a que custo ? ), se de fato todas as transformações são ” boas ” não teríamos a geração ” zumbi ” perambulando nas mídias digitais sem saber a diferenciação entre ” é/e/ê “, vivemos numa geração que nem mesmo se recordar de utilizar adequadamente a acentuação gráfica na escrita, quem dirá evitar o desaparecimento dela. Na praxe escolar, diariamente me deparo com diversos alunos que esqueceram totalmente como escrever os mais simples formatos gráficos, como por exemplo as letras: q,y,m etc. É simplesmente assustador, senão delirante ! A tecnologia é uma forte aliada do homem, desde de 1760 com o advento da Revolução Industrial. O que deveria ser auxiliador do homem, tem sido seu mestre, com o constante avanço da tecnologia e seu uso desenfreado, os acadêmicos em especial a massa estudantil, têm se voltado contra a literatura em sua forma mais singular: à escrita. Deste modo, é interessante que haja uma verdadeira investida de incentivos culturais a fim de estimular toda a sociedade brasileira acerca da importância da escrita. É curioso mencionar que segundo o INAF, cerca de 38% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais, portanto é muito relevante trazermos à luz, que consequentemente é justamente na vida acadêmica que os estudantes mais digitam textos do que os que escrevem à punho. Perdendo assim, todo o dinamismo com a compreensão da leitura conforme disserta Flippo (1998).
Referência bibliográficas:
OLIVEIRA, Katya Luciane de. Compreensão da leitura, atitudes de leitura e desesperança em universitários. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 28, n. 4, p. 820-831, dez. 2008 . Disponível em