Coluna da Seliane Ventura – O racismo persiste: onde está nossa evolução?
Segundo dicionários, Racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano.
Apesar de toda a evolução humana ainda nos deparamos com esse tipo de atitude, depreciativa, humilhante e sem nenhum embasamento. Simplesmente por julgamento de valores equivocados.
A pessoa ter dificuldade em lidar com certas coisas ou situações acontece, se eu disser que não, estaria sendo inocente, mas isso não justifica a falta de respeito para com os outros.
Essa semana um casal de nossa cidade, Muriaé, sofreu racismo em uma rede social. Postaram uma foto e a partir dessa vários comentários preconceituosos. O casal já efetivou denúncia à Polícia civil para que sejam tomadas ações cabíveis para o caso.
Desde 1951 que se busca através de leis punir esse tipo de atitude. Nessa data foi criada a Lei 1390/51, mais conhecida como Lei Afonso Arinos. Em 1989, foi criada a Lei 7716/89, mais conhecida como “Lei Caó”. Proposta pelo ex-vereador, jornalista e advogado Carlos Alberto Caó Oliveira dos Santos. Uma Lei mais rigorosa, na qual crime de racismo é inafiançável.
Já passou da hora das pessoas assumirem as consequências de suas ações e se responsabilizarem por elas. Se forem menores, que seus responsáveis o façam.
Ontem, também foi relatado em alguns jornais o caso do jogador Renatinho, meia-atacante do Kawasaki Frontale do Japão, que sofreu injúria racial da parte de um torcedor do time rival. Como punição o time rival baniu esse torcedor dos estádios por tempo indeterminado em respeito ao jogador e sua família.
Atitudes racistas e preconceituosas refletem no psicológico das vítimas, causam sofrimento e angústia, em algumas até depressão.
Temos que tomar muito cuidado com nossos comportamentos, principalmente se esses forem contra um bem comum, o ser humano.
Podemos escolher somente SER (existir), ou sermos um SER HUMANO e um SER HUMANIZADO. Quem sabe assim aprendamos a conviver com respeito em sociedade.
Assim desejo!
Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora