Coluna da Seliane Ventura – O “surto” de hiperatividade (TDAH)

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O que vemos, atualmente, é um número absurdo de crianças sendo taxadas como hiperativas, mas na realidade nem todas o são. Algumas podem ser somente agitadas, fase da idade, temperamento, coisa de criança mesmo. Algumas serão mais agitadas que outras mesmo e temos que tomar muito cuidado para não estereotipá-las.




O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno caracterizado por dois grupos de sintomas: desatenção e hiperatividade e impulsividade, que pode gerar prejuízo na vida escolar, familiar e social. Por isso, quando diagnosticado é importante tratamento adequado. Existem três formas: só a desatenção, só a hiperatividade e a forma combinada, ou seja, ambos em um único paciente.

O importante é estar atento porque para ser diagnosticado um caso de TDAH, o paciente deve apresentar pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade (que listarei a baixo), por pelo menos seis meses, em ambientes diversos.




Os sintomas que irei listar foram descritos pelo DSM-IV (Diagnostic and Statiscal Manual, 4° edição), irei classificá-los por módulos:

Sintomas do módulo desatenção




1. Prestar pouca atenção a detalhes e cometer erros por falta de atenção;

2. Dificuldade de se concentrar ( tanto nas tarefas escolares quanto em jogos e brincadeiras);




3. Parecer estar prestando atenção em outras coisas numa conversa;

4. Dificuldade em seguir as instruções até o fim ou deixar tarefas e deveres sem terminar;




5. Dificuldade de se organizar para fazer algo ou planejar com antecedência;

6. Relutância ou antipatia em relação a tarefas que exijam muito esforço mental por muito tempo (tais como estudo ou leitura);




7. Perder objetos necessários para realizar as tarefas ou atividades do dia-a-dia;

8. Distrair-se com muita facilidade com coisas à sua volta ou mesmo com seus próprios pensamentos. É comum que pais e professores se queixem de que estas crianças parecem “sonhar acordadas”;




9. Esquecer de coisas que deveria fazer no dia-a-dia.

Sintomas do módulo hiperatividade




1. Ficar mexendo as mãos e pés quando sentado ou se mexer muito na cadeira;

2. Dificuldade de permanecer sentado em situações em que isso é esperado (sala de aula, mesa de jantar, etc.);




3. Correr ou escalar coisas, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos pode se restringir a um sentir–se inquieto por dentro);

4. Dificuldade para se manter em atividades de lazer (jogos ou brincadeiras) em silêncio;

5. Parecer ser “elétrico” e a “mil por hora”;

6. Falar demais;

7. Responder perguntas antes de elas serem concluídas.

8. Não conseguir aguardar a sua vez (nos jogos, na sala de aula, em filas, etc.);

9. Interromper os outros ou se meter nas conversas dos outros.

É comum o TDAH ser identificado na fase pré-escolar, por volta dos 7 anos, já que acarreta prejuízos de aprendizado, não por falta de compreensão ou comprometimento cognitivo. Na maioria dos casos, os prejuízos estão associados ao comportamento, alguns apresentam problemas de notas por não conseguirem se concentrar por muito tempo, por inquietude ou erros por desatenção, mas como disse, não há problemas de compreensão.

É aconselhável tratamento interdisciplinar, tratamento médico, psicológico e pedagógico, constando orientação para pais e professores. Às vezes, há necessidade de medicação. Adultos também podem apresentar TDAH.

Os pais fazem um papel primordial nesse tratamento, é importante estabelecer normas de comportamento bem claras, regras pré-estabelecidas, permitir tudo não é aconselhável, rotinas precisam fazer sentido, estarem bem coesas. O diálogo é essencial para o desenvolvimento.

Só estejam atentos para o que é comum de criança não ser estabelecido como adoecimento. Crianças gostam mesmo de explorar, são curiosas, levadas, algumas mais que outras. Então é importante um diagnóstico preciso.

O legal é curtirem todas as fases de desenvolvimento de deus filhos.

Autora: Seliane Ventura – Psicóloga CRP 04/40269 – Psicóloga Clínica e Organizacional, com extensão em Psicologia Hospitalar pela Fundação de Apoio ao Hospital Universitário de Juiz de Fora

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