6 Estratégias e movimentos do Jogo da Vida que você pode usar no planejamento financeiro da vida real

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No Jogo da Vida, tabuleiro da Estrela relançado em parceria com o Nubank, não é só o número da roleta que define as situações pelas quais os participantes vão passar. Quem entra na brincadeira também pode mudar o jogo a partir de estratégias e movimentos permitidos pelas regras. Essas jogadas precisam ser pensadas, porque podem fazer uma pessoa avançar ou retroceder no jogo.

Na vida real, também é possível criar movimentos que podem proteger seu orçamento e fazer você alcançar os seus objetivos. Abaixo, conheça algumas jogadas permitidas no Jogo da Vida e como elas podem ser usadas no seu planejamento financeiro.




1. Escolher “caminhos” antes de avançar no jogo

Antes mesmo de começar a jogar, os participantes precisam escolher se vão seguir pelo caminho “Planos para o futuro” ou pelo “Oportunidades de Carreira”. Os dois passam por todo o tabuleiro. A diferença é que quem escolhe “Oportunidades de Carreira” tem a chance de parar nas casas da escolha da profissão e definir um salário, mas esse caminho é mais longo do que o outro.




Além disso, o tabuleiro apresenta diversas bifurcações. Diante de uma delas, o jogador precisa escolher por qual direção seguir. Essa decisão pode afetar o futuro e as oportunidades de cada um no jogo.

Essa estratégia também é definidora na vida real. A recomendação antes de tomar qualquer decisão financeira é entender qual caminho seguir. Esse caminho é a meta. Aonde você quer chegar? O que quer fazer? Entender o ponto de chegada define as rotas a seguir. Por isso, antes de começar a cortar gastos e guardar dinheiro, desenhe os seus objetivos.




Com eles em mãos, fica mais fácil saber se um gasto que você tem agora é importante ou não. Além disso, metas claras ajudam na tomada de decisões ao longo do caminho.

2. Dividir as despesas é sempre uma boa jogada no tabuleiro e na vida




Um dos cartões de oportunidade do Jogo da Vida é o “Dividindo as despesas”. No momento em que um jogador parar em uma casa que exige pagamentos acima de R$ 10 mil e tiver esse cartão em mãos, ele pode apresentá-lo a qualquer outro participante, que deverá pagar metade da despesa exigida pela casa do tabuleiro.

É claro que, na vida real, é difícil exigir pagamentos das pessoas. Mas, se você não mora sozinho, a conversa sobre as despesas precisa acontecer por diversas razões. Quando as contas pesam mais para uma pessoa, a saúde financeira e as metas individuais dela ficam comprometidas. Com isso, ela contribui menos para os objetivos da família também.




No planejamento financeiro, existem diversos métodos para dividir as despesas da família, mas o mais recomendado é a divisão proporcional.

Como funciona a divisão proporcional de despesas?




Imagine o seguinte exemplo:

* Você recebe R$ 5 mil líquidos por mês;
* A pessoa com que divide a casa recebe R$ 10 mil líquidos;
* As despesas totais dos dois somam R$ 7 mil.




Em geral, muitas pessoas dividiriam esses gastos meio a meio – ou seja, R$ 3,5 mil para cada um. Contudo, esse método comum compromete muito mais a renda de quem ganha menos. Nesse exemplo, R$ 3,5 mil representam 70% do seu salário, mas apenas 35% da renda da outra pessoa.

A divisão proporcional ajusta os percentuais de comprometimento da renda, permitindo que todos os envolvidos tenham dinheiro para seus objetivos individuais. Para fazer esse cálculo, siga o passo a passo:




Some as rendas de todas as pessoas da casa. Seguindo o exemplo:

R$ 10 mil + R$ 5 mil = R$ 15 mil




Depois, divida o salário de cada um pelo valor total. Exemplo:

R$ 5 mil (seu salário) dividido por R$ 15 mil (valor total) = 0,333
R$ 10 mil (a renda da outra pessoa) dividido por R$ 15 mil (valor total) = 0,666

Agora, multiplique cada resultado por 100, para chegar a um valor percentual. Exemplo:

0,333 x 100 = 33,3%
0,666 x 100 = 66,6%

Como ficaria a divisão das despesas na prática?

Os resultados representam os valores de comprometimento de cada renda de maneira que as despesas sejam divididas de forma proporcional. Na prática, ainda considerando o exemplo acima, você pode comprometer até 33,3% da sua renda (ou R$ 1.665) com o pagamento das despesas da casa sem prejudicar a sua saúde financeira. E a outra pessoa pode comprometer até 66,6% do salário (ou R$ 6.660) sem que as contas prejudiquem as metas individuais dela.

Depois de entender o limite de comprometimento da renda de cada um, é hora de dividir as despesas. Aqui, existem duas opções:

* Fazer a divisão considerando o limite de comprometimento de quem ganha menos;
* Ou fazer a divisão considerando o limite de quem ganha mais.

Se for o primeiro caso, basta considerar que a pessoa que ganha menos vai contribuir com o máximo possível – nesse exemplo, com R$ 1.665 (ou 33,3% da renda). Como as despesas da casa, nesse exemplo, somam R$ 7 mil, sobram R$ 5.335 para a outra pessoa bancar.

Mas se a decisão é fazer a divisão considerando o limite de comprometimento máximo de quem ganha mais, basta inverter a conta. Nesse exemplo, a pessoa que ganha mais paga, então, R$ 6.660 dos R$ 7 mil de despesas, restando R$ 340 para a outra pessoa pagar.

É claro que este é apenas um método de divisão das despesas. Cada família pode encontrar sua própria dinâmica, desde que ela considere as metas e a saúde financeira de cada pessoa.

3. Na vida real, não existem limites e nem momento certo para a precaução

No jogo de tabuleiro, o participante pode comprar apenas um certificado de seguro de celular e um certificado de seguro de vida. E o cartão de reserva de emergência é apenas para quem comprar uma casa. Mas, na vida real, você não tem um momento certo para adquirir seguros e também não existem condições ideais para montar uma reserva financeira.

Proteger seu patrimônio e quem você gosta, e montar um colchão financeiro são alicerces de um bom planejamento financeiro de qualquer pessoa, independentemente do momento de vida dela. Por isso, considere contratar seguros, como de celular, casa, automóvel e vida. E priorize montar a sua reserva de emergência antes de perseguir qualquer outro plano.

4. Falta de atenção no dia do pagamento pode fazer seu dinheiro “sumir”

Ao passar pela casa “Dia do pagamento” no Jogo da Vida ou parar nela, o jogador deve recolher esse valor antes que a próxima pessoa gire a roleta. Caso não pegue o dinheiro antes disso, o jogador perde o pagamento. É claro que na vida real você não deixa de receber o seu salário – se trabalhou naquele mês, vai receber.

O que esse movimento do Jogo da Vida mostra é que a falta de atenção pode fazer o seu pagamento sumir – uma das grandes verdades do planejamento financeiro. Mesmo pessoas que trabalham formalmente, que têm carteira assinada e, portanto, previsibilidade do salário, não sabem dizer, ao certo, quanto ganham.

Um estudo do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que apenas 18% dos consumidores sabem quanto recebem e quanto gastam no mês, e esse descontrole independe da faixa de renda. Não é à toa que muita gente se surpreende ao perceber que o salário acabou antes do mês.

Fazer um planejamento financeiro não precisa ser complicado. Um passo simples é saber quanto você recebe – quanto, de fato, cai na sua conta bancária todo mês. Depois, some as grandes despesas, como aluguel, mensalidade da escola, IPTU, internet, gás etc. Dessa forma, você entende melhor o seu custo de vida e se ele cabe no seu bolso. Só depois disso é possível dar outros passos no seu planejamento.

5. Obrigação de comprar uma casa é só no jogo

No Jogo da Vida, todo participante é obrigado a “Comprar uma casa”. Faz parte da construção de patrimônio exigida pelo tabuleiro. Na vida real, essa obrigação não existe. Contudo, o sonho da casa própria está na lista de 87% dos brasileiros, segundo pesquisa do QuintoAndar com o Datafolha. E na hora de realizar um sonho, muita gente pode errar nas contas.

Comprar uma casa exige um planejamento de médio e longo prazo. Quem não tem pressa, tem uma vida mais estruturada, com renda estável e um custo de vida que permite investir boa parte desse salário pode até encontrar possibilidades de realizar esse sonho pagando à vista. Neste caso, o caminho é construir uma carteira de investimentos com ativos de médio e longo prazo, tanto de renda fixa quanto de renda variável – aqui, os ativos devem ser menos arriscados, afinal, você não quer aumentar suas chances de perder o dinheiro da sua casa.

Outro caminho, mais acessível, mesmo para quem tem uma boa renda, é o financiamento imobiliário, que é basicamente uma dívida com um banco. Enquanto você não pagar todo o valor contratado e os juros, a sua casa fica no nome da instituição financeira. Tanto quem escolhe investir para comprar a casa à vista no futuro quanto quem prefere entrar num financiamento imobiliário precisa planejar esses caminhos para não se enrolar.

6. A divisão dos lucros deve ter regras

Essa jogada vale para qualquer pessoa que tenha um pequeno negócio em sociedade com outras pessoas. No Jogo da Vida, existe um cartão chamado “Dividindo os lucros”. Quem receber esse cartão pode apresentá-lo a qualquer jogador no momento em que esse adversário parar em uma casa que render ganhos acima de R$ 10 mil. Ao fazer isso, o dono do cartão leva metade desses lucros.

No mundo dos negócios, a divisão de lucros não precisa ser meio a meio e é necessário ter regras para essa distribuição. De forma simples, se você tem um sócio, entenda primeiro qual é o papel e a contribuição de cada um no negócio.

Depois disso, é preciso estabelecer uma quantidade de cotas de cada sócio na empresa – ou seja, quanto cada um vai ter de participação societária. Essa divisão precisa ser oficial e registrada em contrato.

A partir dessas cotas e papéis, estabeleça um pró-labore (um salário) para cada sócio. Para a divisão dos lucros deve ser considerada a quantidade de cotas, a contribuição de cada um no negócio e também as regras da empresa.

Fonte: Nubank

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