Casal de pastores é indiciado por estupros: ‘Sacrifício de Abraão’

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Um casal de pastores foi preso sob acuasção de estupro, inclusive de adolescentes. O caso aconteceu em Edeia, na região sul de Goiás.

Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz, da Igreja Falando com Deus, foram detidos no dia 22 de setembro e acabaram indiciados na quarta-feira, dia 18 de outubro. Ele vai responder pelo estupro de cinco fiéis da igreja, sendo uma de 13 e outra de 14 anos. Já a mulher dele deve responder apenas pelos abusos cometidos contra as duas adolescentes. “Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer um ‘sacrifício’”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Quéops Barreto, em entrevista ao G1.




Segundo investigação da Polícia Civil, os suspeitos diziam às vítimas que elas deveriam ter relações sexuais com o homem para quebrar maldições. “Com as maiores de idade, Antônio falava que tinha uma maldição para quebrar e dava duas opções, uma opção era ter relação sexual com o cunhado ou o sogro e a outra, com ele. Se não fizesse, dizia que a vítima ou parentes iam morrer, ameaçava. Nas menores ele não dava a opção esdrúxula, dizia que tinha de quebrar a maldição com ele”, revelou o delegado.

O caso só veio a tona após a mãe de uma das vítimas, de 16 anos, estranhar o comportamento da filha, que acabou revelendo o abuso. “O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, disse o delegado. De acordo com o delegado, a adolescente foi abusada dos 13 aos 15 anos, em pelo menos 20 ocasiões. Ela ia para a igreja e o pastor a levava para sua residência, que ficava nas proximidades.




Em entrevista à TV Anhanguera, a adolescente contou que sentia pavor. “O pastor falava que Deus estava pedindo um sacrifício da minha parte e que era para quebrar uma maldição hereditária de prostituição na minha família. Ele disse com todas as palavras que o sacrifício seria a minha virgindade. Que eu teria que me deitar com ele. Eu sentia pavor”, disse. A mãe da adolescente revelou ainda que o pastor chegou a fazer a mesma proposta para ela, mas não obteve êxito. Depois dessa situação, ela e a filha deixaram a igreja.

De acordo com o delegado, o pastor vinha comentendo os abusos desde que tinha chegado na cidade, no ano de 2010. A polícia acredita que seja maior o número de vítimas.




O casal nega as acusações.

Fonte: G1




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