Delegada é vítima de golpe ao ter conta invadida
Nesta quinta-feira (23), a Polícia Civil do Mato Grosso deflagrou uma operação para combater uma quadrilha envolvida em invasões a contas bancárias do Banco do Brasil.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro e em São Vicente, em São Paulo. As investigações tiveram início após uma delegada do Mato Grosso, vítima do golpe em janeiro de 2023, relatar um prejuízo inicial de R$ 110 mil.
Golpe contra a delegada
De acordo com a polícia, o esquema começou quando um homem se passou por funcionário do banco e afirmou à delegada que havia problemas de segurança em sua conta. Para resolver a suposta situação, ele enviou um link por SMS, que deveria ser acessado para “recuperar pontos” do cartão de crédito. Após clicar no link, a vítima teve o aplicativo bancário bloqueado.
Pouco depois, o gerente do banco alertou sobre movimentações irregulares, incluindo transferências e um empréstimo fraudulento. Parte do dinheiro foi encaminhada para contas intermediárias, incluindo a de um suspeito identificado como Leonardo Silva dos Santo. Do total subtraído, R$ 39,8 mil já foram recuperados.
Estrutura do esquema
Segundo o delegado Bruno Palmiro, os golpistas utilizavam contas bancárias de terceiros para transferir os valores, dificultando a identificação do líder do esquema. “Eles compram contas de pessoas que, voluntariamente, cedem os dados para terceiros. Essas contas servem para pulverizar o dinheiro até que ele chegue ao chefe da organização criminosa, responsável pelo saque final”, explicou Palmiro.
Nesta quinta-feira, um casal em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi conduzido à delegacia sob suspeita de ter vendido suas contas bancárias à quadrilha.
Mandados em São Vicente
Em São Vicente, os mandados foram cumpridos em endereços ligados aos líderes do esquema, incluindo Agamenon Silva, apontado como membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Agamenon foi localizado, mas não preso, já que a operação não incluiu mandados de prisão nesta etapa.
Durante as buscas, materiais eletrônicos, como celulares e computadores, foram apreendidos e serão analisados para coleta de informações que possam avançar nas investigações.
Prevenção e alerta
Em nota, o Banco do Brasil informou que está colaborando com as autoridades desde o início das apurações. A instituição também destacou seus investimentos em tecnologia para reduzir os riscos de golpes e suas iniciativas de conscientização para alertar clientes sobre práticas fraudulentas.
A Polícia Civil do Mato Grosso segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e recuperar os valores desviados.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da Band