Em luta pelo piso do magistério, professores enfrentam a justiça e até a polícia
Na luta pelo pagamento do piso nacional do magistério 2022, de R$ 3.845,63, os professores e as professoras de todo o Brasil se mobilizam, paralisam e entram em greve, apesar da repressão policial e de decisões judiciais, como a do Tribunal de Justiça do Ceará contra a categoria em Quixadá, que querem impedi-los de reivindicar seus direitos.
Em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, o prefeito Ed Thomas (PSB) recorreu à polícia para impedir manifestação da categoria.
“Professores na rua! Ed Thomas a culpa é sua!”, foi uma das palavras de ordem ditas no microfone quando as servidoras e servidores foram surpreendidos pela força policial na porta da prefeitura.
“Ao contrário do que o prefeito costuma dizer, hoje, para os profissionais do magistério, as portas da prefeitura estavam fechadas”, protestou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Presidente Prudente e Região (Sintrapp), em nota publicada no site da entidade.
A ideia, segundo os dirigentes, era entrar no prédio para tentar uma conversa com os representantes da administração, uma vez que o prefeito do município não estava no local, para negociar e pensar alternativas para garantir que a lei do piso seja cumprida e os profissionais sejam valorizados.
A ação policial, que impediu que as servidoras e servidores entrassem no prédio público, aconteceu depois que os profissionais passaram a manhã inteira manifestando.
“Buscávamos por uma conversa com a administração para cobrar que o nosso direito seja cumprido”, disse a presidenta do Sintrapp, Luciana Telles.
Na porta da prefeitura mesmo, os profissionais continuaram puxando palavras de ordem que puderam ser ouvidas de dentro do prédio e também pela população passou em frente ao Paço Municipal.
Continuação do movimento
Em assembleia realizada no fim da tarde, ainda na rampa da prefeitura, o movimento deliberou por unanimidade que a greve iniciada nesta terça-feira (8) continua e, nesta quarta-feira (9), a partir das 8h30, todos estarão novamente em frente ao Paço Municipal.
“A hora de cobrar para que a Lei seja cumprida é agora”, enfatizou a presidenta do Sintrapp, Luciana Telles.
“Caso contrário, passado este período, a administração pode se munir de outras desculpas para manter os salários do magistério abaixo do piso”, alertou a dirigente.
Fonte: CUT