No início de junho, dois indivíduos se passaram por vendedores de tinta e abordaram a pensionista e sua vizinha no bairro Nova Bethânia. Oferecendo uma lata de tinta de 18 litros, normalmente vendida por R$ 300, a um preço tentador de R$ 100, os golpistas insistiram no pagamento via cartão.
A vítima, após tentativas frustradas de pagamento devido a supostos defeitos na máquina, acabou tendo três meses de salário roubados. O golpe foi descoberto algumas horas depois, quando a vizinha começou a suspeitar do comportamento dos vendedores, que não retornaram ao local.
Segundo o delegado Fabiano Alves, da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), esses golpes seguem um padrão estratégico onde o produto e a abordagem são modificados para enganar as vítimas. “Os criminosos geralmente atuam em dupla, com um indivíduo distraindo a vítima enquanto o outro clona o cartão ou altera o valor na máquina”, explicou.
Além do golpe da tinta, outros esquemas similares têm sido registrados no Espírito Santo. Em maio, dois homens foram presos após venderem uma caixa de morangos por R$ 4.400 na feira de Vitória, alterando o valor na máquina de cartão sem o cliente perceber. Houve perseguição e a dupla foi autuada em flagrante por associação criminosa e extorsão qualificada.
Outro golpe notório, ocorrido há cerca de dez anos, envolvia a venda de colchões supostamente terapêuticos, com os golpistas cobrando valores exorbitantes no momento da transação.
Para evitar ser vítima de golpes semelhantes, o delegado Fabiano Alves recomenda:
Esses casos ressaltam a importância de estar vigilante e desconfiado de ofertas muito vantajosas. A Polícia Civil continua a investigar esses crimes, mas a melhor defesa é a precaução e a atenção ao realizar qualquer transação financeira. A prevenção é essencial para evitar que mais pessoas, especialmente as mais vulneráveis, caiam nesses esquemas fraudulentos.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1