Jovem simula o próprio sequestro e pede R$ 50 mil de resgate ao pai para pagar dívida de apostas

Depois de ser presa, a jovem contou que é viciada em jogos de aposta e precisava do dinheiro para pagar os empréstimos que havia feito

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A Polícia Civil prendeu nesta semana duas pessoas acusadas de forjar os próprios sequestros como forma de extorquir familiares e conhecidos. Em ambos os casos, os suspeitos alegaram estar enfrentando dificuldades financeiras relacionadas a dívidas com jogos de aposta, utilizando os falsos crimes para tentar obter recursos.

Uma das detenções ocorreu no centro do Rio de Janeiro e envolveu uma jovem de 23 anos. A suspeita teria enviado mensagens de texto e até um vídeo ao pai, simulando estar em um cativeiro e pedindo R$ 50 mil como resgate. No depoimento à Delegacia Antissequestro (DAS), ela confessou a simulação e revelou ser viciada em jogos de aposta, acumulando uma dívida de aproximadamente R$ 35 mil com agiotas.




Detalhes da Farsa

Segundo a investigação, a jovem começou a enviar mensagens na última terça-feira (data não informada), solicitando a quantia aos familiares. Durante o dia, ela vagou pelas ruas da cidade e, à noite, decidiu ir até o Hospital Souza Aguiar para simular que havia sofrido um acidente. Lá, entrou em contato com o pai e indicou sua localização. A polícia, que já investigava o caso, prendeu a jovem no local.

Em um caso semelhante, também ocorrido na terça-feira, um homem foi detido em São Gonçalo após fingir ter sido sequestrado por traficantes do Complexo do Alemão. Ele exigiu R$ 2 mil de um empresário, proprietário de uma locadora de motocicletas, para supostamente garantir sua libertação.




Crescimento do Golpe Relacionado a Dívidas

De acordo com o delegado William de Medeiros Pena, titular da DAS, falsos sequestros motivados por dívidas de jogos de aposta têm se tornado cada vez mais frequentes.

— Cerca de 40% dos casos de extorsão que investigamos este ano envolvem pessoas que contraíram dívidas significativas com jogos. Esse tipo de crime geralmente é direcionado aos familiares, aproveitando-se da confiança e do desespero das vítimas — explica o delegado.




Os dois acusados foram autuados em flagrante pelo crime de extorsão, com base no artigo que trata de sequestros simulados. A pena para esse delito varia de 4 a 10 anos de reclusão, podendo ser agravada caso a vítima seja idosa.

Investigações Continuam

As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar outros envolvidos ou possíveis cúmplices nos golpes. A Polícia Civil reforça a importância de denunciar casos suspeitos e adverte sobre os riscos de responder a mensagens ou pedidos financeiros sem confirmar a veracidade da situação.




Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Globo




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