Médica armou emboscada para matar marido
A Polícia Civil de Sergipe prendeu nesta terça-feira (12) a cirurgiã plástica Daniele Barreto, acusada de envolvimento na morte do marido, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues, com quem mantinha uma união de uma década.
A operação também resultou na prisão de outras três pessoas, realizadas em Aracaju e Laranjeiras, pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), sob a coordenação do secretário de Segurança Pública, João Eloy, e com apoio da Polícia Militar.
José Lael foi assassinado no último dia 18 de outubro, no bairro 13 de Julho, uma área nobre de Aracaju, onde foi alvo de uma emboscada. Os suspeitos, que se deslocavam em uma motocicleta, interceptaram o veículo do advogado e efetuaram disparos. O filho do advogado, que o acompanhava no carro, foi atingido, socorrido e permanece em recuperação.
A 5ª Vara Criminal de Aracaju expediu a prisão temporária dos suspeitos a pedido da Polícia Civil, que descartou a hipótese inicial de que o crime tivesse ligação com a atuação profissional de Lael, possivelmente envolvendo facções criminosas. O caso agora é investigado sob uma nova linha, ainda mantida em sigilo pela polícia.
Durante as ações desta terça-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão para coleta de provas adicionais. A investigação está sendo conduzida em segredo de Justiça, e detalhes sobre o planejamento e a motivação do crime ainda não foram revelados. A defesa da médica optou por não se manifestar sobre o andamento das investigações e a decisão judicial.
José Lael, que publicamente expressava afeição pela esposa, chegou a escrever uma declaração no Instagram no Dia das Mães, referindo-se a Daniele como “o amor de sua vida.” “Obrigado por mais um ano juntos. Até que Deus assim o permita”, publicou, em um gesto de carinho que agora contrasta tragicamente com o desfecho da relação.
Médica suspeita de envolvimento na morte do marido em Aracaju não foi ao enterro dele, diz cunhada
“Ela não participou do sepultamento. Chegou aos nossos ouvidos que ela havia ido ao cabeleireiro logo depois. (…) Alugou casa de praia, já soube agora que viajou. Então, o comportamento não foi um comportamento de uma viúva, como nós que estamos dilacerados”, disse Rosane Rodrigues.
Ainda de acordo com a irmã da vítima, uma situação a surpreendeu ao ir a casa do irmão três dias após o crime para buscar roupas para o sobrinho que estava hospitalizado. “Ela mandou uma empresa limpar os sofás e as cadeiras (…). Eu me deparei com a empregada com malas, com todos os pertences do meu irmão para nos entregar. Porque ela iria doar”, contou.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da Folha de S. Paulo e G1