Mulher vira policial e prende assassino do pai após 25 anos
A escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, viveu um momento de grande impacto emocional ao participar da operação que prendeu o homem acusado de matar seu pai após 25 anos.
O acusado, Raimundo Alves Gomes, de 60 anos, estava foragido desde 2016 e foi capturado na última quarta-feira (25), em Boa Vista, no Estado de Roraima. A prisão foi realizada pela equipe da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) da Polícia Civil de Roraima.
O crime ocorreu em 16 de fevereiro de 1999, quando Givaldo José Vicente de Deus, pai de Gislayne, foi morto a tiros durante uma discussão por uma dívida de R$ 150. O homicídio aconteceu em um bar no bairro Asa Branca, zona Oeste de Boa Vista. Na época, Gislayne tinha apenas 9 anos.
Apesar de ter sido condenado em 2013 a 12 anos de prisão, Raimundo fugiu e permaneceu foragido por anos. Foi somente após a entrada de Gislayne na Polícia Civil, em julho de 2024, que ela teve a oportunidade de contribuir diretamente para a localização e captura do acusado.
Gislayne, que se formou em direito e ingressou na carreira policial, fez questão de ser designada à Delegacia Geral de Homicídios, acreditando que poderia usar sua posição para fazer justiça pelo assassinato de seu pai. Ao reunir informações e localizar o mandado de prisão expedido em 2019, ela ajudou a encerrar a busca pelo homem que ceifou a vida de Givaldo.
Após a prisão, Raimundo foi levado para uma audiência de custódia, que confirmou sua detenção. Ele foi encaminhado ao sistema prisional de Roraima, onde cumprirá a pena pela qual foi condenado.
A sensação de justiça finalmente realizada foi um alívio para Gislayne e sua família. “Não vai trazer nosso pai de volta, mas saber que o assassino vai cumprir a pena que devia ter cumprido há anos nos traz paz”, afirmou Gislayne em entrevista.
O crime de homicídio, de acordo com a legislação, prescreve após 20 anos da sentença condenatória. No caso de Raimundo, a prescrição ocorreria em 2029, a tempo de sua captura e prisão antes do prazo.
A Polícia Civil de Roraima, ao concluir a operação com sucesso, reafirma seu compromisso em solucionar casos pendentes e garantir que a justiça seja cumprida, mesmo em crimes ocorridos há décadas.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1
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