Preço da gasolina explode e já custa mais de R$ 7 em algumas cidades do país
Os preços dos combustíveis explodiram no país nos últimos 12 meses, tirando o ganha pão de motoristas de aplicativos, como disse o presidente da CUT, Sérgio Nobre, contribuindo para a disparada da inflação e afetando todos os brasileiros porque, junto com os combustíveis, vários outros produtos sobem de preço.
De agosto do ano passado a agosto deste ano, a gasolina comum subiu 39,20%, o etanol 59,61% e o gás de cozinha 33,44%, segundo pesquisa publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última sexta-feira (20).
Média de preços no Brasil alcança R$ 6
Com mais uma alta registrada na semana passada (1,53%), o preço médio da gasolina comum foi para R$ 6, de acordo com a ANP. Foi a segunda semana consecutiva de aumentos nos preços dos combustíveis e o nono aumento do ano determinado pela Petrobras.
O preço da gasolina ultrapassa os R$ 7 em quatro estados: Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins.
A Região Norte, mais uma vez, registrou o preço mais alto para a gasolina na semana entre 15 e 21 de agosto, de R$ 7,360 por litro. Os estados com preços mais altos são o Acre e o Tocantins.
Na Região Sul a gasolina chega a R$ 7,18, no Sudeste a R$ 7,059, no Nordeste a R$ 6,789, e Centro-Oeste, a R$ 6,679.
Essa sequência de reajustes é uma das consequências da nova política de preços da Petrobras que não está diretamente ligada aos custos da produção como era até o governo de Dilma Rousseff (PT), explica a técnica da subseção do Dieese da CUT, Adriana Marcolino.
Segundo a técnica, agora, os preços dos combustíveis variam de acordo com o mercado internacional e com o dólar e toda variação externa acaba impactando nos preços como um todo e não só nos produtos diretamente ligados à Petrobras.
“Como o combustível é um item básico de toda a cadeia de produtos e serviços, seus reajustes têm um grande impacto em toda a economia”, afirma Adriana se referindo a alta generalizada dos preços dos produtos e serviços.
O lucro da estatal e os dividendos para os acionistas, confirmam a avaliação da técnica do Dieese. Os preços abusivos dos combustíveis, fez a Petrobras registrar no segundo trimestre de 2021, lucro líquido de R$ 42,855 bilhões e vai antecipar para os acionistas pagamento de R$ 31,6 bilhões em dividendos. Será a maior distribuição de dividendos já feita pela empresa. O valor mais alto já pago até então foi referente ao exercício de 2011, quando a estatal distribuiu R$ 12 bilhões em dividendos.
Fonte: CUT