Presa mulher que vendia remédio falso para emagrecer e debochava de cliente
Operação Seca Máximo desmantela rede de venda ilegal de medicamentos para emagrecimento liderada por influenciadora. Produtos continham substâncias perigosas
Agentes da Polícia Civil deflagraram, nesta quarta-feira (27), a Operação Seca Máximo, com o objetivo de desarticular um esquema de comercialização de medicamentos irregulares voltados para emagrecimento rápido.
No centro das investigações está Marcelly Neves de Lima, acusada de liderar uma rede de vendas clandestinas enquanto ostentava uma vida de luxo em suas redes sociais.
Produto Irregular e Perigoso
O principal item comercializado no esquema era o “Seca Máximo”, anunciado como um fitoterápico natural capaz de reduzir até 10 quilos em apenas duas semanas. Contudo, análises periciais constataram a presença de substâncias como sibutramina e bisacodil, medicamentos que requerem prescrição médica devido aos riscos significativos à saúde.
Apesar das promessas de resultados rápidos, consumidores relataram efeitos colaterais graves, incluindo tonturas, vômitos, e complicações como pressão arterial perigosamente baixa e constipação severa. Marcelly, segundo a polícia, minimizava as queixas, tratando os sintomas como “normais” e incentivando a continuidade do uso. Em alguns casos, ela teria respondido de forma ríspida ou apagado comentários negativos de suas redes sociais.
Ostentação e Imagem Pública
Marcelly promovia os produtos principalmente por meio das redes sociais, onde também exibia uma rotina glamourosa, com viagens, roupas de grife e jantares em restaurantes sofisticados. Vídeos apreendidos pela polícia revelaram um lado agressivo da acusada, incluindo ameaças dirigidas a pessoas próximas, em contraste com a imagem de sucesso e confiança que construía publicamente.
Operação e Consequências
Durante a operação, frascos do “Seca Máximo” foram apreendidos. Os produtos não possuíam registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem informações sobre procedência ou validade. Marcelly e outros envolvidos foram presos em flagrante.
O caso remete a um incidente semelhante ocorrido em 2022, quando uma enfermeira morreu após o uso de medicamentos ilegais para emagrecimento, levando à proibição de diversos produtos pela Anvisa.
As autoridades reforçam o alerta sobre os riscos associados ao consumo de medicamentos não regulamentados e incentivam a denúncia de práticas semelhantes pelo Disque Denúncia, no telefone 181.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Estado de Minas